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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg enviou esta segunda-feira um recado a Moscovo, dizendo que a escolha do próprio destino é um "direito fundamental" de qualquer nação soberana.
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"Qualquer nação soberana tem o direito fundamental de escolher o próprio caminho", afirmou Jens Stoltenberg, apelando a todos para respeitarem esse caminho".
Stoltenberg falava esta tarde em Bruxelas, já depois de a Rússia ter deixado uma crítica sobre a vontade da Ucrânia de aderir à Aliança Atlântica. Vladimir Putin considerou até "muito perigosa" a "expansão infinita" da NATO para Leste.
Ouça a reportagem da TSF.
Mas, esta tarde, após um encontro com o novo chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky reiterou a intenção do seu país de aderir à NATO, enquanto garantia de "segurança e integridade do território".
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Em Bruxelas, Jens Stoltenberg considerou que há ainda uma via pacifica por explorar, já que "a NATO mantém-se pronta para se envolver num diálogo relevante com a Rússia". Mas, Stoltenberg afirmou que os aliados esperam também um sinal de Moscovo.
"E, a melhor forma para a Rússia manifestar prontidão para encontrar uma solução pacífica é aliviar as tensões e retirar as tropas que estão a ameaçar a Ucrânia, e optar pelo caminho da diplomacia", afirmou.

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Já esta segunda-feira, o chefe da diplomacia Russa, Sergei Lavrov deixou em aberto uma "oportunidade" para o diálogo. "Como responsável pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, devo dizer que há sempre uma hipótese", afirmou o ministro russo, num encontro com Vladimir Putin.
Porém, esperando "contrapropostas sérias", disse que as possibilidades para dialogar "não podem durar indefinidamente".
Putin acrescentou que se o diálogo representa "a possibilidade de chegar a um acordo com os parceiros sobre questões fundamentais, ou é uma tentativa de nos arrastar para negociações intermináveis?".

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Em Bruxelas, o secretário-geral da Nato aproveitou um encontro com o presidente colombiano, na sede da Aliança Atlântica, para falar sobre a influência da Rússia nas diferentes regiões do globo.
"Trocámos pontos de vista sobre o aprofundamento da cooperação entre a Rússia e a China, incluindo sobre o apoio deles ao regime repressivo na Venezuela. Concordámos que todos os envolvidos devem desempenhar um papel construtivo para a paz e estabilidade regionais", afirmou.