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"Nunca mais." O grito de alerta é do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS). No início da reunião extraordinária da OMS, esta segunda-feira, Tedros Adhanom Ghebreyesus pediu às nações de todo o mundo que estabeleçam um acordo sobre pandemias para que as gerações futuras estejam melhor preparadas para as combater.
"Tudo isso vai acontecer de novo a menos que vocês, nações do mundo, se unam para dizer numa só voz: nunca mais!", exclamou.
No domingo, os membros da OMS decidiram iniciar negociações para criar um instrumento internacional para prevenir e combater futuras pandemias. Este projeto deverá ser anunciado, oficialmente, nesta reunião que irá durar três dias.
"Chegou a hora de superar esta pandemia e deixar uma herança para as gerações que nos vão suceder", destacou o diretor-geral da OMS.
"A emergência da Ómicron lembra-nos que a Covid não acabou", acrescentou, referindo-se à nova variante do vírus, que "mostra a razão pela qual o mundo precisa de um novo acordo".
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O projeto de acordo dos membros da OMS prevê a criação de "um órgão intergovernamental" para redigir e negociar "uma convenção, um acordo ou outro instrumento internacional sobre a prevenção, o preparo e a resposta para pandemias".

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OMS alerta para risco "muito alto" da variante Ómicron
Também esta segunda-feira, a OMS alertou para um risco "muito alto" relativamente à nova variante da Covid-19, a Ómicron.
Tendo em conta as altas mutações da Ómicron, com potencial para ser mais resistente à imunização e mais contagiosa, o risco da variante ser transmitida mundialmente é "alto", refere o documento da OMS, que acrescenta que, "até ao momento, não se registou nenhuma morte associada à nova variante".
"Pode haver novas ondas de Covid-19 com consequências graves, dependendo de muitos fatores, como os locais onde essas ondas ocorrem", acrescenta.
Perante estes riscos, a OMS pede aos estados-membros que tomem algumas medidas prioritárias, incluindo "acelerar a vacinação contra a Covid-19 o mais rápido possível, especialmente entre a população de risco que permanece não vacinada".
