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A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse na quarta-feira à noite que confirmou 18 ataques a instalações médicas desde que a invasão russa começou há duas semanas.
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A OMS afirmou ter confirmado 10 mortes em ataques a instalações de saúde e a ambulâncias desde que os combates começaram. Não ficou claro se os números incluíam o ataque de quarta-feira em Mariupol.
O ataque aéreo russo a uma maternidade e hospital pediátrico na cidade portuária de Mariupol - que feriu mulheres que se encontravam em trabalho de parto e soterrou crianças nos escombros - e o bombardeamento de dois hospitais numa cidade a oeste de Kiev são os casos mais recentes.
As autoridades ucranianas disseram que o ataque em Mariupul feriu pelo menos 17 pessoas.
"Hoje a Rússia cometeu um enorme crime", disse Volodymir Nikulin, um alto funcionário da polícia regional, de pé nas ruínas. "É um crime de guerra sem qualquer justificação", acrescentou.
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Em Jitomir, uma cidade de 260.000 habitantes, a oeste de Kiev, dois hospitais foram bombardeados, mas sem registo de feridos.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que o ataque em Mariupol aprisionou crianças e outros sob os escombros.
"Um hospital para crianças. Uma maternidade. Como é que eles ameaçaram a Federação Russa?" perguntou Zelensky. "Que tipo de país é este, a Federação Russa, que tem medo dos hospitais, medo das maternidades, e os destrói?", enfatizou.
"Há poucas coisas mais depravadas do que visar os vulneráveis e indefesos", escreveu o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, na rede social Twitter, acrescentando que o Presidente russo, Vladimir Putin, será responsabilizado "pelos seus terríveis crimes".
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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