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O mundo nunca esteve numa posição tão boa para acabar com a pandemia de Covid-19, que matou milhões de pessoas desde o fim de 2019, afirmou esta quarta-feira o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"Na semana passada, o número de mortes semanais por Covid-19 foi o mais baixo desde março de 2020. Nunca estivemos em melhor posição para acabar com a pandemia", defendeu Tedros Ghebreyesus durante uma conferência de imprensa, em que avisou: "Não estamos lá ainda, mas o fim está próximo."
"Quem corre uma maratona não para quando se aproxima da meta. Corre mais rapidamente, com toda a energia que lhe resta. E nós também", sublinhou o responsável da Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Todos podemos ver a linha de chegada, estamos a caminho de vencer, mas seria realmente o pior momento para parar de correr", insistiu.
"Se não aproveitarmos esta oportunidade, corremos o risco de ter mais variantes, mais mortes, mais perturbações e mais incerteza", advertiu o médico.
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Segundo o mais recente relatório epidemiológico divulgado pela OMS consagrado à Covid-19, o número de casos baixou 12% durante a semana de 29 de agosto a 04 de setembro, relativamente à semana anterior, para cerca de 4,2 milhões de infeções declaradas.
O número de infeções é, segundo a OMS, muito maior, nomeadamente porque os casos ligeiros não são necessariamente declarados, mas também porque muitos países desmantelaram as suas estruturas de testagem.
A 4 de setembro, a OMS contabilizava mais de 600 milhões de casos oficialmente confirmados - novamente um número que se estima muito inferior à realidade -, assim como 6,4 milhões de mortes.
Ouça as declarações de Pedro Simas
Pedro Simas realça importância da vacinação para cenário "otimista"
Em declarações à TSF, Pedro Simas considerou que a postura da Organização Mundial da Saúde é a correta, e não é demasiado otimista. O virologista defende que a quebra no número de mortes é um bom indicador para chegar à conclusão de que o fim da pandemia está para breve.
"O problema desta pandemia era um problema de doença grave e de morte e de entrada e sobrecarga dos hospitais", explicou, vincando a importância da vacina, "principalmente dos mais vulneráveis" nesse processo.
"Basta olhar para Portugal que, desde março de 2021, tinha praticamente vacinadas todas as pessoas de risco com mais de 65 anos" e "deixou de haver impacto em mortes que havia pré-vacinação", concluiu.