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As Nações Unidas disseram esta quinta-feira que a maternidade do hospital pediátrico de Mariupol, no leste da Ucrânia, não foi a única a ser alvo de bombardeamentos russos, tendo sido também destruídas maternidades nas cidades de Zhytomyr e Kharkiv.
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A revelação foi feita esta quinta-feira pelo chefe do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), Jaime Nadal, durante uma entrevista em vídeo com jornalistas da ONU, em Nova Iorque.
Segundo indicou Jaime Nadal, os bombardeamentos russos atingiram também uma maternidade na cidade de Zhytomyr e na localidade de Saltivsky, em Kharkiv, desconhecendo-se, para já, o número de vítimas.

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Segundo adiantou o responsável da UNFPA, existem na Ucrânia 69 maternidades e centros pré-natais, estimando que nos próximos três meses possam ocorrer neste país 80.000 partos.
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No total, a ONU estima que estejam neste momento grávidas cerca de 240 mil mulheres. Três pessoas, incluindo uma criança, morreram no bombardeamento russo que atingiu na quarta-feira a maternidade do hospital pediátrico de Mariupol, no leste da Ucrânia, anunciaram hoje as autoridades desta cidade portuária.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que considerou o ataque um "crime de guerra", partilhou vídeos mostrando a destruição, sendo possível ver destroços, folhas de papel e cacos de vidro espalhados pelo chão.

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O ataque ao hospital provocou indignação das autoridades ucranianas e ocidentais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse ter confirmado 18 ataques a instalações médicas desde que a invasão russa começou, em 24 de fevereiro.
A Rússia lançou na madrugada daquele dia uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,3 milhões de pessoas para os países vizinhos - o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou esta quinta-feira no 15.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.
Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou esta quinta-feira a morte de pelo menos 549 civis e 957 feridos.