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Depois de quase dois anos sem voar, a companhia aérea cabo-verdiana TACV rompe a turbulência causada pela Covid-19. Lisboa está na rota do regresso da Cabo Verde Air Lines à velocidade de cruzeiro. O segundo voo do regresso aos ares está marcado para esta segunda-feira.
A primeira ligação foi feita há uma semana. Sara Pires, presidente da empresa Transportes Aéreos de Cabo Verde, garante que a procura foi elevada, apesar das limitações, "com a questão da pandemia, porque neste momento só estão disponíveis, no site".
"O primeiro voo Lisboa-Praia veio com uma taxa de ocupação de 70%", refere Sara Pires, em declarações à TSF.
O turismo é um setor de peso na economia de Cabo Verde, mas os 200 mil emigrantes cabo-verdianos são, por agora, a prioridade da transportadora: "Inicialmente, para servir a nossa diáspora, mas nós também estamos a trabalhar para servir o turismo e também para operar para os mercados emissores de turismo."
Ouça os destaques da entrevista.
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A linha Mindelo-Lisboa-Mindelo vai ser a próxima a descolar. Boston e Paris são os destinos que se seguem. Por agora, a TACV vai voar com apenas um avião. Os voos entre Praia e Lisboa vão ser feitos duas vezes por semana, mas a companhia já tem planos para abrir novas rotas, asegura Sara Pires. "Prevemos ainda no segundo trimestre começar a operar com mais um aparelho. O nosso plano é, até 2023, estarmos a operar com três aparelhos."
Os três aparelhos estão, no entanto, ainda longe dos nove, com que a empresa já chegou a o operar. A pandemia obrigou os aviões a ficarem em terra, e a transportadora quase fechou portas. O Governo decidiu, por isso, voltar a nacionalizar empresa. "Tivemos, durante um bom tempo, a companhia portuguesa a operar unicamente no mercado, e os preços eram exorbitantes. Com a outra transportadora, não há uma política de facilitação a nível do peso."
A ideia é "conectar Cabo Verde com o mundo", mas a retoma vai gradual, e está dependente da evolução da pandemia. "Organizámo-nos para iniciar de uma forma muito tímida, também para termos a capacidade, de acordo com aquilo que são as nossas necessidades, de reagir", assinala a presidente da empresa Transportes Aéreos de Cabo Verde.
A transportadora cabo-verdiana foi fundada há 64 anos. Até agora só a TAP e a SATA voavam para Cabo Verde.