"Ou nos vestimos a rigor, ou sofremos." Como se sobrevive em Yakutsk, a cidade mais fria do mundo

Durante esta semana, os termómetros marcaram 50 graus Celsius negativos.

A cidade de Yakutsk, na Sibéria Ocidental, na Rússia, é a cidade mais fria do mundo. Em janeiro já é habitual que as temperaturas sejam mais frias, mas, este ano, os valores extremos estão a fazer-se sentir por mais tempo.

Durante esta semana, os termómetros marcaram 50 graus Celsius negativos, temperaturas suficientes para deixar de sentir o nariz ou congelar as pestanas.

Vestir vários casacos, pares de luvas, gorros e cachecóis são a solução dos moradores da cidade para enfrentar o frio. "Não se pode lutar. Ou nos vestimos a rigor, ou sofremos", conta Marina Krivolutskaya, uma vendedora de peixe num mercado local, citada pela CNN.

Aquilo que está a acontecer é um fenómeno designado de "nevoeiro gelado", de acordo com a Universidade Federal do Nordeste, em Yakutsk. O frio é tanto que não permite que o ar quente das casas, pessoas e carros suba.

Não é recomendado sair à rua nesta altura, principalmente quando as temperaturas estão abaixo dos 40 graus Celsius.

Yakutsk tem 355.500 mil habitantes e continua em crescimento. Turisticamente, o clima frio não torna a cidade a mais apelativa, mas mesmo assim há quem se atreva a arriscar e viajar até lá.

O Ártico Siberiano tem sido alvo do impacto das alterações climáticas. Se no inverno as temperaturas são negativas, no verão podem chegar aos 29 graus celcius, registando-se um aumento da frequência de incêndios.

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