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O Parlamento Europeu vota esta quarta-feira, em sessão plenária, o relatório que avalia a implementação do acordo de saída do Reino Unido. O documento, que tem como relator o eurodeputado do PS, Pedro Silva Pereira, pretende fazer um balanço da aplicação das regras do comprimisso entre Bruxelas e Londres.
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"Temos três anos de saída, do divórcio do Reino Unido em relação à União Europeia. E depois os temas principais foram os cidadãos, em que foi possível garantir uma salvaguardar dos direitos de residência dos cidadãos europeus que residiam no Reino Unido, mas o grande tema, a zona de confronto essencial, foi a que se prendeu com o protocolo da Irlanda do Norte", considera o eurodeputado socialista, sublinhando que Londres nunca cumpriu a sua parte.
Pedro Silva Pereira lembra o impasse sobre o protocolo com a Irlanda do Norte.
Apesar do impasse, no mês passado, foi possível o Reino Unido e a União Europeia chegarem a um acordo. Pedro Silva Pereira acredita que a decisão permite acabar com a incerteza entre os dois blocos. "Esperamos que o documento acordado entre a presidente da Comissão e o primeiro-ministro, Rishi Sunak, possa garantir aquilo que é essencial, que os produtos que vêm do Reino Unido e se destinam à UE, estejam sujeitos aos controlos", afirma.
O vice-presidente do Parlamento Europeu lembra "as ilusões do Brexit" e os efeitos na economia do Reino Unido.
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Três anos depois da formalização do Brexit, Pedro Silva Pereira não coloca de parte o regresso dos britânicos à UE. A questão para já é "permatura", apesar de estar à vista que o Brexit não ter trazido nada de bom para o Reino Unido.
"As ilusões do Brexit estão à vista de toda a gente. Os efeitos económicos do Brexit estão a ser profundamente dececionantes. A economia britânica é a única que não cresce no conjunto dos países do G7."