Pedro Silva Pereira dirige Parlamento Europeu até às eleições. Morte de Sassoli é "devastadora"

Em declarações à TSF, o eurodeputado Pedro Silva Pereira fala em honra, em responsabilidade, mas também no legado deixado por Sassoli, o jornalista que se tornou presidente do Parlamento Europeu.

Após a morte de David Sassoli e até à eleição do seu sucessor - que já estava prevista para a sessão plenária da próxima semana, em Estrasburgo (França), independentemente do estado de saúde do dirigente italiano -, a presidência interina deverá ser assumida pela primeira vice-presidente, a maltesa Roberta Matsola, que, no entanto, é candidata ao cargo, pelo que não deverá presidir ao ato eleitoral. Cabe ao eurodeputado português Pedro Silva Pereira e segundo vice-presidente, dirigir o Parlamento Europeu. O eurodeputado confessa, em declarações à TSF, que assumirá a responsabilidade nunca esquecendo a memória do italiano orgulhoso que garantiu o funcionamento do órgão europeu num momento dramático.

"O desaparecimento de David Sassoli é uma notícia absolutamente devastadora, é uma grande perda para o projeto europeu", reage Pedro Silva Pereira, que caracteriza Sassoli como um "bom amigo".

O eurodeputado só tem elogios a dedicar ao líder que morreu nesta terça-feira. "David Sassoli conseguiu um feito extraordinário. Ele dirigiu o Parlamento Europeu, uma grande instituição internacional, num momento muito difícil, em plena pandemia, e conseguiu manter o Parlamento Europeu sempre operacional, apesar de todas as dificuldades."

O eurodeputado português defende que Sassoli foi "muito importante para que o Parlamento pudesse aprovar as medidas de resposta à crise, que eram propostas pela Comissão Europeia e pelo Conselho", e que este foi um "homem que era sempre capaz de ter uma palavra sempre oportuna nos momentos difíceis do projeto europeu e na resposta à crise".

Defensor dos valores europeus, do Estado de direito, da justiça social e igualdade, David Sassoli deixou, com a sua morte, uma grande perda para o projeto europeu.

Agora que assume interinamente a presidência do Parlamento Europeu, Pedro Silva Pereira, que tal como Sassoli foi também jornalista, fala de uma honra e de uma responsabilidade. "A primeira vice-presidente é a maltesa Roberta Metsola, que sendo agora candidata à presidência do Parlamento Europeu, certamente não estará em condições de suceder ao presidente Sassoli, portanto interinamente é natural que eu assuma as responsabilidades de condução do Parlamento Europeu nesta fase de transição", explica.

"É uma honra certamente, mas é sobretudo uma grande responsabilidade, num momento tão delicado, da vida do Parlamento Europeu, que aliás não tem precedentes", sustenta Pedro Silva Pereira.

A eleição para a presidência do Parlamento Europeu ocorrerá na próxima terça-feira, e Roberta Metsola é indicada como a possível sucessora. Para já cabe a Pedro Silva Pereira substituir interinamente David Sassoli, o presidente do trato delicado.

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