Pelo menos seis mortos após bombardeamentos em Gaza

O exército israelita afirmou que atingiu alvos dos militantes palestinianos nas cidades de Khan Younis e Rafah, com 52 aviões atingindo 40 alvos subterrâneos num período de 25 minutos.

Pelo menos seis pessoas morreram esta quarta-feira após bombardeamentos aéreos na Faixa de Gaza, depois de os militares israelitas terem ampliado os ataques a alvos de militantes palestinianos no Sul.

Os moradores de Gaza relataram esta quarta-feira que viram pilhas de tijolos, cimento e outros entulhos de casas que abrigavam 40 membros da família al-Astal.

Os moradores disseram que um míssil de alerta atingiu o prédio na cidade de Khan Younis, ao Sul, cinco minutos antes do ataque aéreo, permitindo que todos escapassem do local.

O exército israelita afirmou que atingiu alvos dos militantes palestinianos nas cidades de Khan Younis e Rafah, com 52 aviões atingindo 40 alvos subterrâneos num período de 25 minutos.

A rádio Al-Aqsa, administrada pelo Hamas, contou que um de seus jornalistas foi morto num ataque aéreo na cidade de Gaza.

Os médicos do hospital Shifa adiantaram que o repórter estava entre os cinco corpos levados esta manhã ao centro hospitalar.

Pelo menos 219 palestinos foram mortos, nos últimos dias, em ataques aéreos, incluindo 63 crianças e 36 mulheres, e 1530 ficaram feridos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que não divide os números em combatentes e civis.

O Hamas e a Jihad Islâmica afirmam que pelo menos 20 dos seus combatentes foram mortos, enquanto Israel afirma que o número é de pelo menos 130.

Doze pessoas em Israel, incluindo uma criança de cinco anos, foram mortas em ataques com foguetes até agora.

Os militares israelitas disseram que também foram disparados foguetes contra a passagem de peões em Erez e na passagem de Kerem Shalom, onde ajuda humanitária estava a ser levada para Gaza, forçando o encerramento das duas.

Os militares israelitas lançaram centenas de ataques aéreos que dizem ter como alvo a infraestrutura do grupo islâmico Hamas, enquanto militantes palestinianos dispararam mais de 3700 'rockets' contra Israel.

Israel diz, igualmente, que as suas defesas aéreas têm uma taxa de intercetação de 90% dos 'rockets' lançados pelo Hamas.

Estes últimos ataques ocorrem no momento em que esforços diplomáticos visando um cessar-fogo ganharam força na comunidade internacional. As infraestruturas de Gaza, já enfraquecidas por um bloqueio de 14 anos, estão a deteriorar-se rapidamente.

Autoridades norte-americanas dizem que a administração do Presidente, Joe Biden, pediu a Israel, em segredo, para diminuir os bombardeamentos sobre Gaza.

Os negociadores egípcios também trabalham para interromper os combates e, embora não tenham feito progressos com Israel, estão otimistas que a pressão internacional possa forçar as negociações, de acordo com um diplomata egípcio.

A escalada da violência começou a 10 de maio, quando o Hamas disparou 'rockets' em direção a Jerusalém em apoio aos protestos dos palestinianos contra o policiamento pesado de Israel no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, um local sagrado para judeus e muçulmanos, e a ameaça de despejo de dezenas de famílias palestinianas na região de colonatos judeus.

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