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A Polícia Federal (PF) brasileira desencadeou esta terça-feira a Operação Simonia, visando desarticular um esquema de corrupção estabelecido no núcleo da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (SEAP/RJ) que alegadamente negociava com uma fação criminosa.
Em comunicado, a PF indicou que 40 agentes federais cumpriram três mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão, explicando que um dos investigados é "detentor de foro por prerrogativa de função".
Apesar de a corporação não ter divulgado os nomes e funções dos três detidos, o jornal O Globo noticiou que se trata do secretário estadual de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro, e dos subsecretários da pasta Wellington Nunes da Silva, da gestão operacional, e Sandro Farias Gimenes, superintendente.
A investigação, desenvolvida em conjunto com o Ministério Público Federal e o Departamento Penitenciário Federal, demonstrou a existência de negociações entre o núcleo da SEAP/RJ e lideranças de uma fação criminosa 'fluminense', mas "com atuação internacional no tráfico de drogas", de acordo com a PF.
Entre os acordos estabelecidos entre o núcleo da SEAP/RJ e a fação criminosa estavam a realização de "diversas diligências para viabilizar o retorno de criminosos custodiados na Penitenciária Federal de Catanduvas, Paraná, para o estado do Rio de Janeiro", detalhou a PF em comunicado.
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Além disso, "franqueavam a entrada de pessoas e itens proibidos em unidades prisionais estaduais tendo, inclusive, realizado a libertação irregular de criminoso de altíssima periculosidade, contra quem havia sabidamente mandados de prisão pendentes de cumprimento", acrescentou a corporação.
A investigação policial apontou ainda que os desvios cometidos pelos investigados foram praticados em troca de influência sobre os locais dominados por estes traficantes e outras vantagens ilícitas.
Além da capital homónima do Rio de Janeiro, os mandados foram também cumpridos nos municípios de Nova Iguaçu e Duque de Caxias, ambos no estado do Rio de Janeiro.