Portuguesa teme sexta-feira de "tragédia" em Atenas coberta de cinzas

Ana Maria Soares confessa que a situação na capital grega é "muito complicada" e diz não saber como é que a Grécia vai acordar.

Uma noite complicada e uma sexta-feira que, além de incerta, pode ser de tragédia. É assim que Ana Maria Soares, uma professora de Língua Portuguesa na Universidade de Atenas, explica à TSF como está a situação na Grécia, assolada por centenas de incêndios.

Na capital do país "as coisas estão muito complicadas". Com o cair da noite tornou-se "impossível os aviões sobrevoarem o espaço" e os bombeiros também não têm vida fácil, já que o fogo está ativo em "zonas que têm muitas árvores, de floresta" e que já foram evacuadas por serem também residenciais.

A este cenário junta-se o vento previsto para esta sexta-feira. A cerca de dez quilómetros do incêndio, Ana Maria Soares tem estado "fechada em casa com o ar condicionado ligado" porque há partículas tóxicas e as cinzas já lhe cobrem a varanda.

Os médicos pneumologistas gregos já desaconselharam a saída de casa de quem tem asma ou bronquite, pelo que "não se vê movimento na rua". Quem sai, avisam os especialistas, deve utilizar "máscara dupla ou uma de qualidade", dado o perigo representado por estas partículas para a saúde.

Por esta altura, há 148 incêndios ativos na Grécia e a professora confessa não saber como é que o país "vai acordar amanhã". Certo é que precisamente amanhã as temperaturas vão começar a descer, mas o vento deve mesmo tornar o combate mais complicado.

"Com temperaturas muito baixas, humidade zero e vento, penso que a palavra correta vai ser tragédia", lamenta.

As temperaturas na Grécia têm oscilado entre os 40 e os 50 graus Celsius e, aos muitos questionam o aquecimento global, o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis reservou poucas palavras: "Que venham ver aqui a intensidade do fenómeno."

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