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Os Governos de Espanha e da Bélgica pediram esta segunda-feira a adoção de medidas, a nível da União Europeia (UE), face ao aumento dos preços de energia, que "não refletem" a realidade.
"Neste momento, o mercado não está a refletir a realidade e, por isso, temos de tomar medidas ao nível europeu, tanto do ponto de vista da oferta, como do ponto de vista da formação de preços, para proteger os nossos cidadãos e a indústria", afirmou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.
O governante falava numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, em Bruxelas, no âmbito de um encontro que decorre antes da cimeira de lideres da UE, agendada para quinta e sexta-feira.
Para Sánchez, a cimeira é "muito importante" para enviar uma mensagem aos cidadãos europeus e ao Presidente russo, Vladimir Putin, de "unidade europeia", condenação da invasão e de solidariedade para com a Ucrânia.
O primeiro-ministro espanhol defendeu ainda que a escalada energética é um problema que "está a afetar o bem-estar dos cidadãos e a viabilidade económica" das empresas.
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"Esperemos que a Comissão Europeia possa apresentar uma proposta com uma abordagem equilibrada, não apenas em termos de acessibilidade, mas também de disponibilidade", sublinhou.
No mesmo sentido, o primeiro-ministro belga vincou que os preços da energia na Europa "não refletem a realidade" e que os mercados "não funcionam", sendo necessária uma intervenção.
Assim, Alexander De Croo apelou à "utilização do poder de compra" da UE, bem como à adoção de medidas adicionais.
Esta manhã, Sánchez esteve reunido com o Presidente francês, Emmanuel Mácron, depois de, na semana passada, ter estado em contacto com outros líderes comunitários, como o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.