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O Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, lamentou esta sexta-feira a morte do antigo Presidente da República português Jorge Sampaio, recordando-o como um estadista e democrata, mas também um "amigo de Cabo Verde".
"Mas sobretudo um grande democrata português, um homem que desde a sua juventude norteou a sua vida pela luta por ideais como a liberdade e a democracia", afirmou o chefe de Estado cabo-verdiano, em declarações aos jornalistas no Palácio Presidencial, na Praia.
Para Jorge Carlos Fonseca, trata-se da "perda de um político e de um estadista", que foi também "um amigo de Cabo Verde", arquipélago que visitou "várias vezes" e a "várias ilhas".

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Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 1960, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.
Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

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Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto-representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Atualmente, presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.