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Se as projeções para este ano se confirmarem, os oito anos de 2015 a 2022 serão os mais quentes jamais registados, alertou este domingo a Organização Meteorológica Mundial (OMM) num relatório em que faz uma "crónica do caos climático".
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"No momento em que começa a COP27, o nosso planeta envia um sinal de perigo", comentou o secretário-geral da ONU, António Guterres, numa mensagem de vídeo difundida em Sharm el-Sheikh.
Esta "crónica do caos climático" mostra claramente que "a mudança processa-se a uma velocidade catastrófica", devastando vidas "em todos os continentes", acrescentou, apelando para uma resposta através de "ações ambiciosas e credíveis" durante as duas semanas desta conferência sobre o clima no Egito.
Com uma temperatura média estimada de 1,15°C superiores à da era pré-industrial, o ano de 2022 deverá classificar-se "apenas" como o quinto ou o sexto dos anos mais quentes, devido à influência não habitual, pelo terceiro ano consecutivo, do fenómeno oceânico La Niña, que provoca uma baixa das temperaturas.
"Mas isto não altera a tendência a longo prazo. É apenas uma questão de tempo até haver um novo ano mais quente", insistiu a OMM, agência especializada da ONU.
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Decisores políticos, académicos e organizações não-governamentais reúnem-se entre hoje e 18 de novembro em Sharm el-Sheikh na 27ª cimeira da ONU sobre alterações climáticas (COP27), para tentar travar o aquecimento do planeta, limitando o aquecimento global a 2ºC (graus celsius), e se possível a 1,5ºC, acima dos valores médios da época pré-industrial.
Líderes como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmaram a presença, e o Governo português vai ser representado pelo primeiro-ministro, António Costa.