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O Presidente russo, Vladimir Putin, defendeu esta terça-feira que a invasão da Ucrânia para combater forças antirrussas era "inevitável" e assegurou ter o "objetivo compreensível e nobre" de "ajudar o povo do Donbass".
"A Ucrânia começou a ser transformada numa base antirrussa, os rebentos do nacionalismo e do neonazismo, que lá existem há muito, começaram a crescer", defendeu Putin numa conversa com funcionários do cosmódromo de Vostochny, citado pela agência russa de notícias TASS. "O confronto com estas forças era inevitável, eles só escolheram o momento para atacar", insistiu.
Na defesa da "operação militar especial" da Rússia, Putin - que foi acompanhado pelo Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko - sublinhou que esta invasão ajuda o povo do Donbass ao mesmo tempo que "assegura a segurança da própria Rússia". Os objetivos da operação russa, garantiu, "são compreensíveis e nobres".

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"O principal é o de ajudar as pessoas no Donbass, que já reconhecemos [como independente]. Fomos forçados a fazer isto porque as autoridades de Kiev, incentivadas pelo Ocidente, recusaram-se a cumprir os acordos de Minsk, que procuram uma solução de paz para os problemas do Donbass", sustentou, revelando de seguida que decorre, ao longo do dia, uma "operação militar especial".
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Os soldados russos "estão a prestar assistência às pessoas do Donbass, agem com coragem, competência, eficiência e efetividade e usam o mais moderno armamento, com características únicas e sem paralelo".
Numa referência a Zelensky, Putin apontou que o líder ucraniano tinha reconhecido que Kiev via a implementação dos acordos de Minsk como "impossível".
"Eles recusaram-se publicamente a fazê-lo. Assim, é simplesmente impossível continuar a aguentar este genocídio em curso nos últimos oito anos", rematou Putin.