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O êxodo a que se assistiu sobretudo nos primeiros dez dias de guerra terminou. Agora, é tempo de regressar às cidades ucranianas, um regresso que está a ser faseado, mas com algumas limitações. "Não há, por exemplo, bilhetes de comboio até ao fim do mês para quem quer entrar na Ucrânia, sobretudo na direção de Kiev", conta Pedro Cruz, enviado especial da TSF à Ucrânia.
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Uma viagem de 20 horas dentro de um autocarro rumo a Kiev, absolutamente lotado, principalmente com "mulheres e crianças" que regressam a casa depois de dias ou semanas fora da Ucrânia.
Voltam exatamente "com as mesmas malas, pertences e brinquedos" que levaram consigo quando partiram. Do oriente até ao centro, a Ucrânia já praticamente não tem presença militar, o que dá "essa sensação de que já começa a ser possível regressar a casa".

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Os checkpoints foram "arrumados na berma". Alguns ainda permanecem "no meio da estrada", mas já sem "defesa civil a vigiar os movimentos de quem passa". Atualmente, o conflito centra-se sobretudo a leste, "nas regiões que ainda são dominadas pela Rússia".
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Numa das cidades em que o autocarro parou ouviu-se uma sirene a tocar, mas rapidamente alguém acalmou os passageiros, informando que se tratava apenas da "sirene dos bombeiros" e todos sorriram.

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A primavera também já chegou à Ucrânia, contrastando com a "muita neve e frio" que se fazia sentir em fevereiro, quando começou a invasão russa. Há "alguma tranquilidade e normalidade" e o calor "ajuda a recuperar as energias daqueles que querem regressar a casa e tentar reconstruir as suas vidas".