Reportagem TSF na Ucrânia. Popovich tem um plano que está em pausa no posto de controlo
Reportagem TSF na Ucrânia

Reportagem TSF na Ucrânia. Popovich tem um plano que está em pausa no posto de controlo

Popovich, como pediu para ser chamado, é um homem com um plano que a guerra fez parar. "Estava a pensar em comprar dois ou três apartamentos junto ao mar. Mas agora estou aqui."

"Aqui", onde a TSF o encontrou, é um posto de controlo na estrada que liga Odessa a Mykolaiv. "Como era oficial na reserva, fui mobilizado", conta. Aos 47 anos, tinha uma pequena empresa de advocacia e também comprava e vendia carros "a bom preço".

Os turnos que agora faz são de 24 horas. Duro, até porque também presta serviço noutras unidades, mas não tão difícil como o trabalho de quem está na frente de batalha, reconhece.

Ali, no posto, Popovich argumenta que não está só a defender a Ucrânia: "Nós estamos aqui também por vocês. Somos a primeira linha de defesa dos valores europeus. Se não o pararmos, Putin vai chegar a vossas casas."

É também uma forma de realçar a importância de garantir o apoio da comunidade internacional. Popovich explica: "Sem o vosso armamento e sem o vosso dinheiro, a Ucrânia não pode ganhar esta guerra. Por isso agradeço ao vosso presidente, ao vosso parlamento e a todo o povo."

Quando - e se - a guerra parar, haverá um país para reconstruir. E a mente do homem de negócios que por estes dias tornou a ser militar já crepita.

"Estou a pensar em empréstimos sem juros, porque nós temos de reconstruir a nossa economia, a nossa casa e a nossa Ucrânia", deseja.

Fora do posto que ocupa há uma família. Tem três filhos, o mais velho também está a servir no exército ucraniano e os outros refugiaram-se na Estónia. Acredita que lá estarão seguros.

Popovich promete cumprir o plano que traçou. Depois da guerra, "se estiver vivo". Até lá, uma certeza com sotaque: "No pasarán!"

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