Requisitada cooperação de Ivanka Trump no inquérito sobre o ataque ao Capitólio

Filha do ex-presidente norte-americano terá pedido ao pai, Donald Trump, que apelasse ao fim da violência.

Os legisladores norte-americanos que investigam o ataque de janeiro de 2021 ao Capitólio pediram, esta quinta-feira, à filha do ex-presidente Donald Trump que coopere voluntariamente no inquérito.

Numa carta que marca um passo importante para a investigação no círculo íntimo de Trump, a comissão disse a Ivanka Trump - então conselheira sénior do pai - que tem provas de que esta implorou ao então presidente que pedisse o fim da violência enquanto os seus apoiantes invadiam o Congresso.

"Os testemunhos obtidos pelo comité indicam que membros do pessoal da Casa Branca solicitaram a sua assistência em múltiplas ocasiões para tentar persuadir o Presidente Trump a abordar as ilegalidades e violência concretizadas no Capitólio", explica o líder da equipa, Bennie Thompson. Os investigadores tentam perceber como ocorreu o ataque, que encerrou o Congresso, e se o então presidente Trump e os membros do seu círculo o encorajaram.

Já foram emitidas intimações para várias figuras-chave próximas de Trump, incluindo o seu chefe de gabinete na Casa Branca, Mark Meadows, e o estratega da Casa Branca, Steve Bannon.

A comissão explica as ações de Ivanka Trump durante o motim decorria são um "foco-chave" do inquérito, e que esta parecia ter conhecimento direto da tentativa do pai em "persuadir o então vice-presidente Mike Pence a parar a contagem dos votos eleitorais". Enquanto 6 de janeiro se aproximava, o Presidente Trump tentou, em várias ocasiões, persuadir Pence a participar no seu plano", escreveu Thompson, e "uma das discussões do presidente com o vice-presidente ocorreu por telefone na manhã de 6 de janeiro. [Ivanka] Esteve presente na Sala Oval e observou pelo menos um dos interlocutores dessa conversa telefónica."

Em comunicado, o painel de investigadores explica que também procura informações de Ivanka sobre as preocupações manifestadas pelos advogados da Casa Branca, legisladores e assistentes de Pence acerca dos planos para pressionar o vice-presidente a anular as eleições.

"O comité gostaria de discutir quaisquer outras conversas que possa ter testemunhado ou em que possa ter participado relativamente ao plano do presidente para obstruir ou impedir a contagem dos votos eleitorais", acrescentou Thompson.

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