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O alerta para a continuação dos ataques parte das Nações Unidas e tem por base os relatos dos deslocados. À agência Lusa, Mussa Amade, de 56 anos, que chegou a Pemba na sexta-feira num barco carregado com 106 pessoas, refere que "Palma não está calmo, ainda há violência e os tiros continuam". Mussa descreve que "quem não fugia de Palma, era perseguido".
À TSF, Margarida Loureiro, dirigente do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, em Pemba, confirma que se trata de violência esporádica com contornos dramáticos. A responsável diz que não fogem apenas de Palma. Acrescenta que os relatos que contam não são leves.
Ouça as declarações de Margarida Loureiro à TSF
A responsável revela ainda que são milhares os que continuam a fugir de Palma. Acrescenta que, em apenas uma semana, de 9 a 16 de junho, chegaram a Pemba cerca de 2800 pessoas e, até 14 de junho, deram entrada 1300 pessoas em Negomano, zona de fronteira com a Tanzânia.
A dirigente avança que, em apenas uma semana, chegaram cerca de 2800 pessoas a Pemba
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Apesar da violência no terreno, o ministro moçambicano da Defesa garante que a situação está controlada, admitindo, ainda assim, um reforço de tropas, a fim de acabar com os ataques esporádicos.
O grande ataque à vila de Palma ocorreu a 24 de março. Em maio, a Organização Internacional das Migrações (OIM) estimou em 60 mil o número de pessoas que, na altura, fugiram da região.