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Mais de 500 toneladas de material médico, incluindo equipamento cirúrgico e kits para combater a desnutrição grave, que deveriam ser entregues esta semana no Afeganistão, estão presos à entrada do país devido às restrições no aeroporto de Cabul, informou esta segunda-feira a Organização Mundial de Saúde.
As entidades que estão a apoiar quem está no Afeganistão dizem que é fundamental que o fornecimento de alimentos e material médico chegue a cerca de 300 mil pessoas deslocadas. Cerca de 18,5 milhões de pessoas - metade da população - dependem da ajuda e prevê-se que as necessidades humanitárias aumentem devido à seca.
"Enquanto os olhos do mundo estão agora sobre as pessoas que estão a ser retiradas e os aviões a partir precisamos de mantimentos para ajudar aqueles que são deixados para trás", explicou em comunicado Richard Brennan, diretor de emergências regionais da OMS, citado pela Reuters.

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Os EUA recrutaram seis companhias aéreas comerciais para ajudar a retirar os afegãos. No entanto, até agora, os parceiros da coligação entre Washington e a NATO indicaram que não podem fornecer os mantimentos em aviões usados para retirar pessoas devido a "restrições operacionais e preocupações de segurança".
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"Os EUA estão a usar estas companhias aéreas comerciais apenas para a evacuação", esclareceu o diretor de emergências regionais da OMS, acrescentando que a Organização Mundial de Saúde está a explorar várias opções e a contactar outros governos.
"Fomos aconselhados a explorar opções noutros aeroportos como Kandahar, Jalalabad e Bagram. Ainda não temos aviões para voar até aquelas bases", acrescentou Richard Brennan.