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Eleita em dia de aniversário, com 458 votos a favor, a conservadora maltesa Roberta Metsola é a sucessora de David Sassoli, bastando-lhe 309 votos para a obtenção da maioria. Os resultados foram apurados esta manhã, depois do escrutínio dos eurodeputados, numa eleição por voto secreto, em Estrasburgo, na sede do Parlamento Europeu. Metsola é apontada como favorita há várias semanas. A confirmação chegou esta manhã, com o anúncio do presidente interino do Parlamento Europeu, o português Pedro Silva Pereira (PS).
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Desde que chegou ao Parlamento Europeu, Roberta Metsola teve uma ascensão acelerada, tornando-se uma líder entre a família da direita europeia. Era a primeira vice-presidente de David Sassoli, e tornou-se uma figura conhecida nas instituições em Bruxelas. Foi eleita como eurodeputada, pela primeira primeira vez em 2013, em Malta, um dos escassos países em que, contra a tendência na União Europeia, o aborto continua a ser ilegal. Nos últimos meses, Roberta Metsola enfrentou críticas pelas posições assumidamente antiaborto.
Conheça quem é Roberta Metsola, a nova presidente do Parlamento Europeu
Advogada, ex aluna do colégio da Europa de Bruges, Roberta Metsola assume a presidência do órgão legislativo da União Europeia num momento crítico, em que as duas maiores famílias políticas já não são suficientes para formar maiorias. Até às próximas eleições europeias, a maltesa de 43 anos, feitos hoje mesmo, terá de coordenar a dinâmica das discussões em tópicos como a redução das emissões de carbono, a digitalização da economia, política de defesa e o reforço das posições europeias em matéria de estado de direito. As negociações de última hora para a presidência do Parlamento Europeu envolveram cedências em matéria de prioridades políticas para a família dos Socialistas e Democratas e aos liberais do grupo Renovar a Europa.

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O voto dos socialistas teve ainda como contra partida a atribuição de cinco das 14 vice-presidências do Parlamento Europeu.

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