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O Ministério da Defesa russo confirmou esta quinta-feira que as suas forças terrestres se movimentaram da Crimeia para a Ucrânia, no que foi a primeira confirmação de Moscovo de que tropas da Rússia concretizaram a invasão do país vizinho.
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Até agora, a Rússia apenas tinha admitido alguns ataques aéreos e com mísseis contra bases ucranianas, tendo anunciado a destruição de 83 instalações militares no país vizinho.
Pela primeira vez desde o início da invasão, o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, confirmou que as tropas russas entraram na Ucrânia, informando que avançaram em direção à cidade de Kherson, a noroeste da Crimeia.
Kherson está situada no reservatório que fornece a maior parte da água doce para a Crimeia até que a Ucrânia o substituiu por uma barragem, em 2017, em resposta à anexação da península ucraniana da Crimeia por Moscovo, em 2014.
O porta-voz disse que as Forças Armadas russas cumpriram "com sucesso" todos os objetivos estabelecidos para o primeiro dia de invasão.
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"Todas as tarefas atribuídas aos grupos militares das Forças Armadas da Federação Russa para este dia foram cumpridas com sucesso",, disse Konashenkov.

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A Ucrânia reconheceu que 13 civis e nove soldados foram mortos hoje na região de Kherson, que está parcialmente controlada por forças militares russas.
As autoridades de Odessa registaram a morte de pelo menos 22 pessoas, como resultado de um ataque aéreo russo contra uma sua unidade militar na região.
Horas antes, a Presidência ucraniana tinha noticiado a morte de mais de 40 soldados, durante os ataques contra aeródromos e bases militares no seu território.
De acordo com Alexei Arestovich, assessor presidencial, a maioria das vítimas morreu durante o bombardeamento aéreo desta manhã, mas os ataques não terão conseguido minar o potencial defensivo das Forças Armadas.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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