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A comunidade russa em Portugal manifesta-se, este domingo, no Terreiro do Paço, sob o lema "Russos contra a guerra do Putin na Ucrânia".
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Em declarações à TSF, a ativista russa Ksenia Ashrafullina explica que o objetivo é "demonstrar que os russos estão contra" uma guerra que não consideram como sua, numa ação internacional que inclui protestos nas praças principais de cidades russas.
A organização espera a participação de pelo menos 50 pessoas, mas a ativista admite que muitos na Rússia não possam sair às ruas por medo de retaliações do regime de Putin. "Para nós é sair em paz, manifestarmo-nos e voltar para casa", reconhece Ksenia Ashrafullina. Já na Rússia, "muitos vão ser presos".
Muitos russos temem retaliações.
"Há muitíssimo medo" e nas redes sociais, porque "já fecharam tudo o que dá para fechar e só sobra o Telegram, já não é fácil coordenar" os protestos. Mas o medo alastra-se também a Portugal.
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Ksenia Ashrafullina explica que "nem todos têm cidadania portuguesa" e, porque as caras de muitas pessoas "vão aparecer nos média e tornar-se públicas", há receio de retaliações. "Têm família e ainda não dispõem de toda a segurança para expressar-se livremente", assinala, reforçando que seja em Lisboa ou noutras cidades, todas as redes sociais são monitorizados e "quem não está ainda numa lista qualquer dos serviços secretos, agora vai estar".
"Quem não está ainda numa lista qualquer dos serviços secretos, agora vai estar."
Esta é já a segunda manifestação de russos contra a "guerra de Putin na Ucrânia" em Lisboa. A primeira aconteceu logo depois da invasão, numa concentração no Rossio. A iniciativa está marcada para as 11h00 de Lisboa, 14h00 em Moscovo.

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