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Subiu de tom o apelo britânico, nas últimas horas, com as palavras do ministro das Forças Armadas do Governo de Boris Johnson. James Heappey, em entrevista à Sky News, avisa que a invasão da Ucrânia é uma ameaça cada vez mais real. Por isso, os britânicos devem sair da Ucrânia ainda este fim de semana, até porque nenhuma tropa do Reino Unido vai ser enviada para solo ucraniano.
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"O dever do Governo é ponderar qual pode ser o pior cenário, e o pior cenário é um ataque dos russos na Ucrânia acontecer a qualquer altura. É verdade que fornecemos algumas armas. Alguns oficiais foram para a Ucrânia, para ajudar no treino de alguns soldados, mas, se houver algum conflito com a Rússia, nenhuma tropa britânica vai ser enviada para a Ucrânia."
Ouça as declarações de James Heappey.
A Bélgica também aconselha os seus cidadãos a deixar a Ucrânia e a não viajar para o país, disse este sábado o ministério dos Negócios Estrangeiros belga.
"É fortemente aconselhado que os nacionais que estão atualmente na Ucrânia e cuja presença não é absolutamente necessária abandonem o país", disse o ministério no seu website.
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"Todas as viagens para todo o território da Ucrânia são fortemente desencorajadas", acrescenta a recomendação.
O ministério recomenda aos seus cidadãos que não podem sair do país que se registem no website Travellers Online, para o qual fornece um 'link', para aconselhamento.
"Se a situação piorar, não pode ser garantida uma evacuação da Ucrânia. É portanto aconselhável deixar o país enquanto ainda é possível", adverte o Governo belga.
"A situação é extremamente imprevisível. No caso de uma deterioração repentina, os meios de comunicação na Ucrânia, tais como a Internet e o tráfego telefónico, podem ser gravemente perturbados. Isto poderia ter graves consequências para o funcionamento dos aeroportos e dificultar as viagens aéreas de, para e dentro da Ucrânia", disseram as autoridades belgas.
Uma guerra na Ucrânia poderia deflagrar "a qualquer momento", avisou Washington na sexta-feira, apelando aos seus cidadãos para deixarem o país. Vários países da UE, incluindo a Estónia e a Lituânia, também deram instruções aos seus cidadãos para deixarem a Ucrânia.
As instituições da União Europeia recomendaram ao seu pessoal não essencial na representação em Kiev que deixasse a Ucrânia e optassem pelo teletrabalho do estrangeiro.