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O primeiro-ministro espanhol manifestou esta quarta-feira a sua convicção em como esta semana o executivo vai chegar a um acordo com o setor dos transportes, em greve, para atenuar o aumento dos preços dos combustíveis, especialmente do gasóleo.
"Vamos chegar a um acordo esta semana, estou convencido, com o setor dos transportes para moderar muitas das consequências do aumento dos preços da gasolina e do gasóleo, e, entre todos nós, elaborar um grande plano para responder às consequências da guerra na Ucrânia, a ser aprovado a 29 de março", salientou Pedro Sánchez no parlamento espanhol.
O chefe do executivo sublinhou que o Governo está a construir um acordo nacional com agentes sociais, setores afetados, grupos parlamentares e comunidades autónomas.
"Chegaremos a um acordo com o setor dos transportes, com todos os setores afetados por este aumento, que não foi causado por nós, mas por [Vladimir] Putin, e espero poder contar com o vosso apoio", acrescentou Pedro Sánchez em resposta a outra pergunta de um parlamentar.
O primeiro-ministro espanhol insistiu que o resultado deste diálogo e da cimeira europeia desta semana, em Bruxelas, vai permitir chegar a um bom acordo para atenuar as consequências económicas da guerra, proteger os grupos mais vulneráveis e distribuir os encargos económicos da guerra.
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O anúncio feito na segunda-feira pelo Governo de um pacote de ajuda ao setor dos transportes rodoviários para aliviar o aumento dos preços dos combustíveis não pôs fim à greve indefinida dos camionistas independentes e das pequenas e médias empresas do setor, que está hoje no seu décimo dia e começa a causar alguns problemas de escassez de produtos.
A paragem dos camiões está a causar problemas de abastecimento em vários setores, como a indústria leiteira, que teme um encerramento de várias unidades de transformação se o conflito não for resolvido.
A polícia espanhola já deteve 61 pessoas e investiga outras 455 evolvidas nos incidentes registados desde o início da greve dos camionistas, em 14 de março.
Segundo o Ministério do Interior, as forças de segurança já escoltaram, assegurando a proteção, de 5.757 comboios de camiões, entre eles um com ajuda humanitária para a Ucrânia - 80 toneladas de produtos de higiene pessoal, material sanitário, roupa quente e alimentos não perecíveis.