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O candidato do SPD Olaf Scholz fala de "grande sucesso" e nas eleições este domingo na Alemanha e, na sede do seu partido em Berlim, apresentou-se aos jornalistas como "o próximo chanceler alemão".
De acordo com as primeiras projeções, os social-democratas vencem as eleições legislativas, mas os conservadores dizem que têm condições para disputar a formação do próximo Executivo.
Segundo os números que são avançados pelas estações de televisão, às 20h00 (19h00 em Lisboa), o SPD consegue entre 24,9% e 25,8% dos votos e a aliança conservadora CDU-CSU, liderada por Armin Laschet, encontra-se em segundo lugar com 24,2% e 24,7% dos votos.

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A confirmarem-se os resultados é previsível momentos de negociação prolongados na maior economia da Europa. Olaf Scholz, vice-chanceler e ministro das Finanças do governo de coligação, esteve na sede do partido praticamente desde o momento do encerramento das urnas, tendo abandonado o edifício ao início da noite, acompanhado da mulher, Brita Ernest, que pertence ao executivo do Estado de Brandenburg pelo SPD.
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Na sede os militantes e membros do partido dizem que a noite eleitoral vai ser prolongada e que muito vai depender das negociações com os outros partidos.
As primeiras projeções divulgadas após o encerramento das urnas na Alemanha anteveem uma disputa renhida ou mesmo um empate técnico entre os sociais-democratas do SPD e os conservadores da CDU, força política de Angela Merkel.
Estes primeiros números devem ser encarados, no entanto, com prudência, uma vez que não incluem o voto por correspondência.
Estima-se que, especialmente por causa da pandemia de Covid-19, mais de metade dos eleitores alemães tenha optado pelo voto por correio, modalidade que pode registar níveis recorde no atual escrutínio.
Peritos admitem que o voto por correspondência poderá representar mais de 40% do total dos votos, um número bastante mais expressivo quando comparado com os cerca de 29% verificados nas eleições legislativas de 2017.
Segundo as mesmas projeções, os Verdes alemães, de Annalena Baerbock, terão obtido entre 14% a 15% dos votos, seguidos pelo Partido Democrático Liberal (FDP), que oscila entre os 11% e os 12%.
A formação de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão), força política excluída como potencial parceiro pelos restantes partidos com assento parlamentar, terá alcançado uma votação de 11%.
Já a votação no partido Die Linke (A Esquerda, em alemão) estará situada nos 5%, o mínimo necessário para obter presença no Bundestag (câmara baixa do parlamento federal da Alemanha).
Estas projeções apontam para uma perda de votos de até dez pontos percentuais para os conservadores alemães em relação às eleições de 2017, enquanto para o SPD representam uma subida de seis pontos percentuais.
À exceção da cidade-estado de Berlim, as mesas de voto para as eleições federais alemãs, que irão escolher os deputados do Bundestag, após 16 anos de governação da chanceler Angela Merkel, encerraram às 18h00 locais (17h00 de Lisboa).
As assembleias de voto abriram, em todo o país, às 08h00 da manhã (hora local), com cerca de 60,4 milhões de eleitores alemães a serem chamados a votar, menos que nas eleições de 2017.