"Seria inconcebível que a NATO não agisse em caso de ameaça à Finlândia e Suécia"

Jens Stoltenberg admite que está "ansioso" para acolher os dois países nórdicos como membros de pleno direito na Aliança Atlântica.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, comprometeu, esta terça-feira, a Aliança Atlântica com a defesa militar da Finlândia e da Suécia, caso viesse a registar-se algum tipo de ameaça durante os impasses negociais até à ratificação do protocolo de adesão.

Jens Stoltenberg considera "inconcebível que a NATO não interviesse", durante o compasso de espera até à entrada na Aliança Atlântica e admite que a segurança dos dois candidatos já esteja garantida.

"Vocês sentam-se à mesa com a NATO, integrando-se nas nossas estruturas políticas e militares e a exercitarem-se mais com as forças aliadas", afirmou Stoltenberg, lembrando que "a NATO aumentou a presença na região nórdica e muitos aliados deram garantias de segurança à Suécia e à Finlândia".

"Portanto, seria inconcebível que a NATO não agisse se a vossa segurança fosse ameaçada", afirmou o secretário-geral, a falar na Suécia, ao lado do primeiro-ministro, Ulf Kristersson.

Stoltenberg informou o governante de que acredita que os impasses nas negociações deverão ser ultrapassados em breve, destacando que "a Suécia cumpriu os seus compromissos ao abrigo do Memorando Trilateral e chegou o momento de finalizar o processo de ratificação".

"Encontrei-me recentemente com o Presidente Erdogan e estou satisfeito por ele ter concordado em reiniciar as reuniões do Mecanismo Conjunto Permanente, convoquei outra reunião da Turquia, Finlândia e Suécia na sede da NATO, na quinta-feira", afirmou Stoltenberg, saudando ainda "o facto de o parlamento húngaro ter iniciado as discussões sobre a ratificação".

"Espero que o processo seja concluído em breve", afirmou o secretário-geral da Aliança Atlântica, admitindo que está "ansioso por acolher a Suécia e a Finlândia (...) num futuro muito próximo" numa organização reforçada.

"A adesão da Suécia e da Finlândia tornará a nossa aliança mais forte, com forças altamente capazes, uma indústria de defesa avançada e anos de experiência, formação e operação em conjunto com aliados da NATO", afirmou.

Os dois países nórdicos têm historicamente mantido uma política de não alinhamento militar, mas a 18 de maio de 2022 puseram definitivamente termo à tradicional neutralidade, apresentando no mesmo dia as candidaturas formais à Aliança Atlântica.

A 5 de julho, a NATO assinou o protocolo de adesão que, no entanto, permanece com a sua ratificação pendente em países como a Turquia e a Hungria.

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