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A Suíça vai aplicar "integralmente" as sanções económicas que a União Europeia (UE) aprovou contra a Rússia e o Presidente Vladimir Putin, incluindo o congelamento de bens, anunciou esta segunda-feira o Presidente da Confederação Helvética, Ignazio Cassis.
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"Esta é uma medida de grande alcance por parte da Suíça", disse o Presidente numa conferência de imprensa, acrescentando que o Conselho Federal "está a dar este passo com convicção, ponderação e de forma inequívoca".
O ministro das Finanças, Ueli Maurer, sublinhou que os ativos na Suíça de personalidades russas que constam da 'lista negra' da UE "estão congelados com efeito imediato".

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Por seu lado, a ministra da Justiça, Karin Keller-Sutter, anunciou que cinco oligarcas russos ou ucranianos "muito próximos de Vladimir Putin" e com fortes laços económicos com a Suíça "foram imediatamente proibidas de entrar" no território suíço.
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Estas pessoas visadas - cujos nomes a Suíça não quer tornar públicos - não têm autorização de residência na Suíça, mas importantes "ligações económicas, especialmente nas finanças e no comércio de mercadorias", acrescentou.
As autoridades suíças, que pareciam relutantes em aplicar sanções proporcionais à transgressão representada pela invasão russa da Ucrânia, estavam sob forte pressão há vários dias para se alinharem com a UE e os Estados Unidos.

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A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.