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Taiwan enviou ajuda humanitária para a Ucrânia, incluindo 27 toneladas de "medicamentos e equipamentos e material médicos", anunciou esta terça-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros da ilha.
A ajuda humanitária, recolhida de forma conjunta pelo parlamento e pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Saúde, partiu na segunda-feira à noite do aeroporto de Taoyuan, no noroeste de Taiwan.
O avião da companhia aérea taiwanesa China Airlines tem como destino Frankfurt, na Alemanha, de onde a ajuda será transportada para a Ucrânia por "rotas apropriadas", de acordo com um comunicado.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros garantiu que Taiwan está disposta a "fornecer urgentemente à Ucrânia os necessários materiais e equipamento de socorro".
A ilha, "como membro da comunidade democrática internacional", está disposta a "exibir o espírito de 'Taiwan pode ajudar'", sublinhou.
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"Taiwan pode ajudar" é uma campanha internacional lançada pelas autoridades em 2020, que inclui a promoção da experiência da ilha no combate à pandemia, assim como a doação de materiais de prevenção da Covid-19.
Na sexta-feira, o governo de Taiwan "condenou energicamente a violação pela Rússia da Carta das Nações Unidas" por "invadir e ocupar a Ucrânia", adiantando que vai participar "nas sanções económicas internacionais contra a Rússia".
Fontes das forças de segurança da ilha, citadas pela imprensa local, alertaram que Pequim podia aproveitar a situação na Ucrânia para começar ações para convencer os taiwaneses que os Estados Unidos "não vão honrar o compromisso de defender" a ilha e "semear a divisão".
Também na sexta-feira, o Ministério da Defesa de Taiwan anunciou que nove aviões militares chineses entraram naquela que Taipé considera a zona de identificação de defesa aérea, no sudoeste do arquipélago.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e intensificou a pressão militar, diplomática e económica sobre a ilha desde que a atual líder, Tsai Ing-wen, chegou ao poder em 2016.
A ilha é um dos principais pontos de divergência entre a China e os Estados Unidos, que fornece armas a Taiwan e seria o maior aliado militar em caso de conflito bélico com Pequim.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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