"Tantos Cristos abandonados." A presidir a missa de Domingo de Ramos, papa Francisco lembra mais vulneráveis

O líder da Igreja Católica agradeceu também aos que rezaram por ele durante o tempo em que esteve internado devido a uma bronquite infecciosa.

Um dia depois de ter deixado o hospital, o papa Francisco presidiu, este domingo, a missa do Domingo de Ramos, que assinala a chegada de Jesus a Jerusalém, sendo este um dos momentos mais importantes da semana de Páscoa. Perante milhares de fiéis no Vaticano, Francisco lembrou quem mais sofre e deixou um alerta sobre os mais vulneráveis.

"São tantos Cristos abandonados, povos inteiros explorados e deixados à própria sorte. São pobres que vivem na encruzilhada das nossas estradas, cujo olhar não temos a coragem de fixar. São migrantes que já não são rostos, mas números. Reclusos rejeitados, pessoas catalogadas como problemas. Mas há também muitos Cristos abandonados invisíveis, escondidos, que são descartados de forma elegante: crianças recém-nascidas, idosos deixados sozinhos, doentes não visitados, pessoas portadoras de deficiência ignoradas, jovens que se sentem dentro um grande vazio, sem que ninguém escute verdadeiramente o seu grito de dor", afirmou o líder da Igreja Católica.

O papa Francisco agradeceu ainda aos que rezaram por ele durante o tempo em que esteve internado devido a uma bronquite infecciosa: "Agradeço-vos pela vossa participação e também pelas vossas orações, que se intensificaram durante estes últimos dias. Obrigado!"

Neste início da Semana Santa, foi divulgada uma entrevista ao papa Francisco, que teve lugar antes de ter sido internado. Do Brasil à guerra na Ucrânia, foram vários os temas abordados pelo chefe da Igreja Católica.

O papa, que tem problemas crónicos de saúde e usa uma cadeira de rodas devido às dores num dos joelhos, esteve hospitalizado no quarto particular reservado aos pontífices, no 10.º andar do hospital universitário Gemelli, onde João Paulo II foi internado diversas vezes durante o seu papado.

Francisco foi submetido, na quarta-feira, a exames médicos depois de enfrentar "dificuldades respiratórias" nos dias anteriores. Exames esses que mostraram que tinha uma infeção respiratória, que forçou o internamento, informou um porta-voz da Santa Sé.

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