Tensão China-EUA. Nancy Pelosi está mesmo em Taiwan apesar dos avisos de Pequim

Operadora do maior aeroporto de Taiwan recebeu de manhã uma ameaça de bomba.

A líder da Câmara dos Representantes norte-americana, Nancy Pelosi, aterrou esta terça-feira em Taiwan, apesar das ameaças da China. Perante a previsão desta chegada, o aeroporto internacional de Taoyuan aumentou o seu nível de segurança após uma ameaça de bomba.

A operadora do aeroporto, o maior de Taiwan, recebeu de manhã uma ameaça que alertava para a colocação de três engenhos explosivos nas suas instalações, avançou a agência de notícias taiwanesa CNA.

Segundo a agência de notícias, a polícia garantiu não ter encontrado "nada suspeito" no recinto do aeroporto, mas "reforçou a segurança do aeroporto para garantir a estabilidade dos voos".

Nas últimas horas, a tensão aumentou no Estreito de Taiwan como resultado da possível chegada à ilha, esta tarde, da líder do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi.

A imprensa norte-americana avançou, na semana passada, a possibilidade de a viagem à Ásia de Pelosi passar por Taiwan, sendo que tanto representantes militares como civis chineses têm alertado para as possíveis consequências da visita da responsável norte-americana.

Um vídeo transmitido esta terça-feira nas redes sociais mostra imagens alegadamente gravadas nas praias de Pingtan, perto de Xiamen, com veículos militares a desfilar perante o olhar atónito dos banhistas.

Nancy Pelosi está na Ásia em visita oficial e, até agora, anunciou que a visita passará por países como Singapura - onde já se encontra -, Indonésia, Coreia do Sul, Malásia e Japão, sem nunca referir Taiwan.

A China reivindica soberania sobre a ilha e considera Taiwan uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá, em 1949, depois de perder a guerra civil contra os comunistas.

Taiwan, com quem o país norte-americano não mantém relações oficiais, é uma das principais fontes de conflito entre a China e os EUA, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria o seu maior aliado militar em caso de conflito com o gigante asiático.

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