Negociações de paz entre Rússia e Ucrânia retomadas após breve pausa

Negociações decorrerem em Gomel, na Bielorrússia.

As negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, que decorrem em Gomel, na Bielorrússia, continuam depois de terem sido interrompidas para uma breve pausa, avança o canal de televisão russo Rossiya 24, citado pela agência Interfax.

"Houve uma fuga de informação que avançava que as negociações alegadamente estavam concluídas. No entanto, as pessoas que estão aqui agora não sabem nada sobre isso. Tudo continua", afirmou o correspondente do canal da televisão russo, que está na Bielorrússia, onde decorrem as conversações.

A agência noticiosa estatal bielorrussa BelTA, por sua vez, disse que "saíram da sala para uma pausa, mas as negociações continuam". As delegações e jornalistas ainda não saíram do local da reunião.

As conversações entre representantes ucranianos e russos começaram esta segunda-feira na Bielorrússia, segundo imagens divulgadas pela agência bielorrussa BelTA.

A agência mostrou imagens no seu canal na rede social Youtube em que se veem as duas delegações a entrarem para uma sala com uma mesa longa coberta com uma toalha branca, com uma dezena de cadeiras de cada lado.

Antes do início do encontro, o ministro dos Negócios Estrangeiros bielorrusso, Uladzimir Makiej, disse aos negociadores que se podiam sentir "completamente seguros" na Bielorrússia, de acordo com o relato da BelTA.

"Caros amigos, o Presidente da Bielorrússia [Alexander Lukashenko] pediu para vos dar as boas-vindas e assegurar o vosso trabalho tanto quanto possível. Como acordado com os Presidentes [Volodymyr] Zelensky e [Vladimir] Putin, podem sentir-se completamente seguros. Este é o nosso dever sagrado", disse Makiej, citado pela agência bielorrussa.

Segundo o chefe da diplomacia bielorrussa, Lukashenko "espera sinceramente que as conversações de hoje permitam solucionar todos os problemas".

A agência bielorrussa disse que a reunião se realiza perto da fronteira ucraniana, na margem do rio na margem do rio Pripyat, na região de Gomel, mas que o local exato não foi divulgado por razões de segurança.

A Presidência ucraniana disse antes que Lukashenko prometeu que "todos os aviões, helicópteros e mísseis estacionados em território bielorrusso permanecerão no solo durante a viagem, as conversações e o regresso da delegação ucraniana".

A delegação russa é chefiada pelo conselheiro presidencial Vladimir Medinsky e integra representantes dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, e do parlamento.

Do lado ucraniano, a delegação integra o ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, que usava roupas militares, o conselheiro presidencial Mikhail Podolyak, o dirigente do partido no poder Servo do Povo David Arakhamia e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Nikolay Tochitsky, entre outros, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

Antes do início do encontro, a Presidência ucraniana disse que ia exigir um cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas da Ucrânia.

Numa mensagem divulgada esta segunda-feira, Zelensky dirigiu-se em russo aos soldados russos e pediu-lhes que largassem as armas e voltassem para a Rússia.

"Larguem as armas, saiam daqui, não acreditem nos vossos comandantes, não acreditem nos vossos propagandistas. Salvem apenas as vossas vidas", disse o Presidente da Ucrânia.

O porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitri Peskov, recusou esta segunda-feira divulgar as posições que Moscovo ia defender na reunião.

O chefe da delegação russa disse antes do início das conversações que a Rússia estava disponível para um acordo, desde que fosse do interesse das duas partes.

As conversações realizam-se no quinto dia de combates na Ucrânia, após a invasão russa, que já provocaram centenas de mortos e centenas de milhares de refugiados.

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