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A empresa chinesa ByteDance, dona da rede social TikTok, arrisca-se a pagar mais uma multa multimilionária por práticas abusivas de recolha de dados pessoais de milhões de crianças na Europa.
A aplicação que permite aos utilizadores publicar vídeos de até 15 segundos, ou ver vídeos de utilizadores de todo o mundo, já foi alvo de multas tanto nos EUA como na Coreia do Sul e agora enfrenta um processo semelhante no Supremo Tribunal do Reino Unido.
O caso foi levado à justiça pela antiga comissária para a proteção de crianças em Inglaterra, Anne Longfield, que acusa o TikTok de ser um "serviço de recolha de dados disfarçado de rede social" ede enganar "deliberadamente" os pais.
"O TikTok é uma plataforma social muito popular que ajudou as crianças a manterem-se em contacto com os amigos durante este ano incrivelmente difícil. Contudo, por detrás das músicas engraçadas, desafios de dança e modas de playback esconde-se algo muito mais sinistro", alerta a ex-comissária, citada pela BBC.
Informações privadas de todas as crianças que usam a aplicação desde 25 de maio de 2018 - incluindo o número de telefone, dados biométricos, localização e o conteúdo dos vídeos partilhados - podem ter sido recolhidas ilegalmente e fornecidas a terceiros, sem as adequadas medidas de segurança, transparência e sem o consentimento de um adulto.
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A acusação exige que a empresa elimine todos os dados recolhidos de contas de menores e se vencer o caso em tribunal está prevista uma multa de milhões de libras.
À Reuters, um representante do TikTok disse que a privacidade e segurança são prioridades da empresa e assegura que a empresa vai defender-se na justiça contra a acusação.
