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Três pessoas morreram esta sexta-feira na sequência do naufrágio de um barco com migrantes a bordo no Mar Egeu, horas depois de um primeiro afundamento que matou 11 pessoas, de acordo com a guarda costeira grega.
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Os três corpos foram recuperados e 57 pessoas foram resgatadas após o naufrágio ao largo da ilha de Paros, de acordo com as mesmas fontes.
Algumas horas antes, 11 corpos foram recuperados depois de um barco com cerca de 100 migrantes a bordo ter afundado na quinta-feira numa ilhota no sul da Grécia.
Cerca de 90 sobreviventes, incluindo 52 homens, 11 mulheres e 27 crianças, foram resgatados e transferidos hoje de manhã do ilhéu a norte da ilha grega de Antikythera, disse à agência AFP um oficial da guarda costeira grega.
"As operações de busca e salvamento continuam porque ainda não é claro quantas pessoas estavam no barco antes de se afundar", acrescentou.
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O naufrágio de quinta-feira aconteceu um dia depois de um bote que transportava migrantes se ter virado ao largo da ilha de Folegandros, também no sul da Grécia, matando pelo menos três pessoas.
Treze pessoas - principalmente iraquianos, mas também sírios e egípcios - foram resgatadas, mas de acordo com as autoridades gregas faltam ainda mais dezenas de pessoas.
Os sobreviventes prestaram relatos contraditórios, com alguns a dizerem que inicialmente havia 32 pessoas a bordo, enquanto outros colocaram o número em cerca de 50, disse um oficial da guarda costeira à AFP.
A agência da ONU para os refugiados, ACNUR, disse que o afundamento de Folegandros foi o pior do Egeu este ano.
"Este afundamento é um lembrete doloroso de que as pessoas continuam a embarcar em viagens perigosas em busca de segurança", disse Adriano Silvestri, representante adjunto do ACNUR na Grécia.
O ACNUR estima que mais de 2.500 pessoas morreram ou desapareceram no mar ao tentarem chegar à Europa, entre janeiro e novembro.
Quase um milhão de pessoas, principalmente refugiados sírios, chegaram à União Europeia (UE) em 2015 após uma viagem da Turquia para as ilhas gregas vizinhas.