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O tribunal britânico de Westminster, em Londes, anunciou, esta quarta-feira, que autoriza a extradição de Julian Assange, fundador do Wikileaks, para os EUA, onde irá continuar a ser julgado pelo crime de espionagem.
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A decisão será agora enviada para a ministra britânica do Interior, Priti Patel, que tem a última palavra em casos de extradição. A defesa de Assange pode apresentar os argumentos de defesa até 18 de maio.
De acordo com a lei, a ministra só pode exercer a prerrogativa de proibir a extradição em casos específicos abrangidos pela Lei de Extradição de 2003 e sempre de acordo com os acordos com o país requerente, neste caso os EUA.
Caso seja autorizado pelo Tribunal Superior, a Justiça norte-americana ou Assange poderão ainda recorrer da decisão de Patel.
A ordem desta quarta-feira do juiz Paul Goldspring, do Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, ocorre após o Supremo Tribunal, a última instância, ter recusado no mês passado permissão ao recurso de Assange contra a decisão de um tribunal inferior a favor da extradição.
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A justiça norte-americana quer julgar o australiano, de 50 anos, pela divulgação no WikiLeaks, desde 2010, de mais de 700 mil documentos sobre as atividades diplomáticas e militares americanas, que revelaram dados secretos sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão.
Se for considerado culpado, Julian Assange pode ser condenado a um máximo de 175 anos de prisão, mas existem organizações de defesa dos direitos humanos que denunciam a possível prisão como um ataque à liberdade de imprensa.
Sobre essas alegações, o governo americano afirma que o australiano não é jornalista, mas sim um hacker, que colocou em perigo a vida de vários norte-americanos ao publicar documentos completos, sem qualquer edição.
O fundador da Wikileaks está detido em Londres desde 2019 após um exílio de 7 anos na Embaixada do Equador.