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Dois rockets russos atingiram, esta sexta-feira, a estação ferroviária de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, causando pelo menos 30 mortos e 100 feridos, avança a agência de notícias AFP.
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"Mais de 30 pessoas foram mortas e mais de cem ficaram feridas num ataque no ataque com rockets à estação de comboios de Kramatorsk. Este é um ataque deliberado à infraestrutura de passageiros da estação ferroviária e aos residentes de Kramatorsk", indicou, nas redes sociais, Alexander Kamyshin, o chefe da empresa ferroviária nacional ucraniana.
O governador da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenk, citado pelo jornal The Guardian, afirma que se encontravam 4 mil civis, a maioria dos quais população idosa, mulheres e crianças, na estação, que tem sido usada para a retirada de civis de zonas sob bombardeamentos russos.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, partilhou, na sua página de Facebook, imagens gráficas dos resultados deste ataque e afirmou que o "mal" das forças russas "não tem limites".
"Não tendo força e coragem para nos confrontar no campo de batalha, estão cinicamente destruindo a população civil", declarou, acrescentando que se a Rússia "não for castigada, nunca vai parar".
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A União Europeia, na pessoa de Josep Borrell, o alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, já veio "condenar fortemente" o ataque à estação ucraniana.
I strongly condemn this morning"s indiscriminate attack against a train station in #Kramatorsk by Russia, which killed dozens of people and left many more wounded. This is yet another attempt to close escape routes for those fleeing this unjustified war and cause human suffering
Contudo, a agência de notícias russa RIA cita o ministro da defesa da Rússia negando o ataque à estação de comboios.
A Rússia lançou, a 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A guerra matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Notícia atualizada às 12h20