- Comentar
A Turquia prepara-se para aprovar a entrada da Finlândia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), independentemente da situação da Suécia.
De acordo com duas fontes oficiais citadas pela agência Reuters, o parlamento turco vai ratificar a entrada da Finlândia na Aliança Atlântica já em abril, antes das eleições parlamentares e presidenciais no país, a 14 de maio.
O presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e o ministro finlandês dos Negócios Estrangeiros, Pekka Haavisto, vão encontrar-se esta sexta-feira com o presidente turco, Tayyip Erdogan, em Ancara era discutir os esforços de reconstrução depois dos terramotos que devastaram o país e "as adesões da Finlândia e Suécia à Nato".
Os dois países nórdicos são candidatos à NATO desde há um ano, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, e ainda esperam tornar-se membros da organização até à próxima cimeira da NATO, marcada para julho na Lituânia.
A adesão de Estocolmo tem contado com a resistência da Turquia (cada Estado tem poder de veto), que critica a Suécia por, entre outros aspetos, não extraditar indivíduos acusados de pertencerem a organizações curdas declaradas pelas autoridades turcas como grupos terroristas.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
A posição agravou-se depois de se ter registado um incidente diplomático em janeiro, quando um extremista queimou o Alcorão, o livro sagrado do Islão, em Estocolmo, provocando a suspensão das negociações durante várias semanas.
A Hungria e a Turquia são os únicos membros da Aliança Atlântica que ainda não ratificaram a entrada dos dois países nórdicos, mas, no caso de Budapeste, a razão é apresentada como uma questão de solidariedade para com a Turquia.
Os restantes Estados-membros assinaram o acordo para a entrada da Suécia e da Finlândia em 5 de julho de 2022, mas o processo de adesão só ficará concluído quando todos os Estados ratificarem o protocolo.