Ucrânia acusa tropas russas de ataque a hospital psiquiátrico com 330 pessoas

O governador de Kharkiv, Oleh Synegubov, classifica o ataque como "crime de guerra contra civis".

A Ucrânia denunciou, esta sexta-feira, um ataque das tropas russas a um hospital psiquiátrico perto da cidade de Izyum, no leste do país.

Oleh Synegubov, governador da região de Kharkiv, disse que 330 pessoas estavam dentro do hospital no momento em que se deu o bombardeamento, entre elas doentes em cadeiras de rodas ou com problemas de mobilidade.

A agência Reuters indica que 73 pessoas foram evacuadas, mas o número de feridos ainda não é conhecido.

Na rede social ​​​​​​Telegram, o governador de Kharkiv já acusou os russos e classificou o ataque como "um crime de guerra contra civis".

Na quinta-feira, as Nações Unidas disseram que a maternidade do hospital pediátrico de Mariupol, no leste da Ucrânia, não foi a única a ser alvo de bombardeamentos russos, tendo sido também destruídas maternidades nas cidades de Zhytomyr e Kharkiv.

A revelação foi feita na quinta-feira pelo chefe do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), Jaime Nadal, durante uma entrevista em vídeo com jornalistas da ONU, em Nova Iorque.

Segundo indicou Jaime Nadal, os bombardeamentos russos atingiram também uma maternidade na cidade de Zhytomyr e na localidade de Saltivsky, em Kharkiv, desconhecendo-se, para já, o número de vítimas.

O ataque ao hospital provocou indignação das autoridades ucranianas e ocidentais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse ter confirmado 18 ataques a instalações médicas desde que a invasão russa começou, em 24 de fevereiro.

A Rússia lançou na madrugada daquele dia uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,3 milhões de pessoas para os países vizinhos - o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou esta sexta-feira no 16.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.

Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou na quinta-feira a morte de pelo menos 549 civis e 957 feridos.

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