Ucrânia quer garantia de segurança para acordo, Rússia promete reduzir atividade militar

Russos já admitem uma reunião entre Putin e Zelensky ao mesmo tempo que começa a ser construído um tratado de paz.

A equipa de negociadores de Kiev comunicou esta terça-feira, em Istambul, onde decorreram negociações de paz com a Rússia, que quer um acordo internacional que inclua países terceiros como garantia de segurança da Ucrânia.

"Queremos um mecanismo internacional de garantias de segurança em que os países incluídos atuem de forma semelhante ao artigo 5.º da NATO - e até de forma mais firme", disse o negociador David Arakhamia, citado pela AFP.

Do lado russo, o vice-ministro da Defesa, Alexandre Fomine, explicou que "à medida que as negociações sobre o acordo de neutralidade e o estatuto não nuclear da Ucrânia entram numa dimensão prática (...), foi decidido, para aumentar a confiança, a redução radical da atividade militar em Kiev e Chernihiv".

Ao final da manhã, o chefe da delegação do Kremlin, Vladimir Medinsky, classificou as negociações como "significativas". As propostas que saíram da reunião vão agora ser apresentadas a Vladimir Putin, com os russos a admitirem já um encontro entre o líder do Kremlin e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"Após as discussões significativas de hoje concordamos e vamos apresentar uma solução segundo a qual é possível uma reunião dos chefes de Estado ao mesmo tempo que os ministros dos Negócios Estrangeiros começam a construir um tratado", explicou Medinsky. "A condição é a de se trabalhar rapidamente para um acordo e a de encontrar o compromisso necessário. Assim, a possibilidade de chegar à paz tornar-se-á muito mais próxima."

O anúncio dos russos já está a surtir efeitos: os preços do Brent caíram 5,4% para 106,43 dólares (96,99 euros), avança a edição internacional da CNN.

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