Ucrânia vai exigir cessar-fogo "imediato" e retirada de tropas russas em nova ronda de negociações

O conselheiro do presidente de Volodymyr Zelensky afirma que só depois do cessar-fogo e da retirada das tropas russas será possível "falar de relações regionais e de diferenças políticas".

A Ucrânia vai exigir um cessar-fogo "imediato" e a retirada das tropas russas nas negociações desta segunda-feira.

"Paz, um cessar-fogo imediato e a retirada de todas as tropas russas - e só depois disto podemos falar de relações regionais e de diferenças políticas", disse Mikhailo Podolyak, principal negociador de Kiev e conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, numa declaração em vídeo publicada no Twitter.

A Ucrânia e Rússia vão realizar esta segunda-feira, por videoconferência, uma nova ronda de negociações.

"Uma sessão de negociações será realizada na segunda-feira para resumir os resultados preliminares" das conversações, escreveu no domingo o conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na plataforma social Twitter.

No início da noite de domingo, o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, tinha também anunciado as conversações de segunda-feira.

Desde o início da invasão militar da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro, já houve três rondas de conversações na Bielorrússia, tendo as reuniões abordado principalmente a questão dos corredores humanitários para a saída da população civil.

Na quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, e o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kouleba, saíram das conversações na Turquia sem anunciar quaisquer progressos tangíveis, mas comprometeram-se a continuar o diálogo.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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