- Comentar
A uma semana da Cimeira da União Europeia com a União Africana, a Comissária Europeia da Saúde afirma que Bruxelas está disponível para reforçar as contribuições com o continente africano.
Numa reunião em França, na Cidade de Lyon, a Comissária afirmou que não basta doar vacinas, mas é necessária uma abordagem geral, que garanta que os cuidados médicos chegam às populações.
Bruxelas vai contribuir com 225 milhões de euros, em doações para a saúde no continente africano.
"Já lançámos uma iniciativa de 100 milhões de euros para apoiar a implantação de vacinas na África, com um financiamento adicional de 125 milhões para países africanos para treino dos que vão vacinar, equipamentos médicos e sequenciação", anunciou a comissária da Saúde.
A verba deve contribuir para "uma África pronta a enfrentar não só a Covid-19, mas também a malária, VIH, tuberculose, doenças tropicais negligenciadas e as doenças mortais do futuro", defendeu Kyriakides, sublinhando também os resultados entretanto alcançados quanto à partilha de vacinas.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias

Leia também:
Governo britânico vai antecipar fim de isolamento obrigatório
"Até agora partilhámos mais de 407,4 milhões de doses, principalmente via COVAX. Exportámos metade da nossa produção total de vacinas. Enquanto outros não exportaram nada", criticou. Bruxelas pretende alcançar os 700 milhões de doses doadas.
Mas o trabalho deve "ir para lá das vacinas contra a Covid-19", através do "reforço dos sistemas de saúde e das capacidades de imunização dos países mais vulneráveis do mundo".
Ou seja, "doar vacinas é uma coisa, mas garantir que as pessoas são vacinadas é outra. E a equidade exige mais do que doações. Requer mudança sistémica e acesso a médicos, enfermeiros, hospitais, equipamentos médicos, cientistas, tecnologias e investigação", sublinhou.
A comissária falava no final de um encontro com os chefes da diplomacia da União Europeia que serve de ponto de partida para uma nova parceria com o continente africano, que vai para lá das questões sanitárias, e inclui também a cooperação em matéria de combate às alterações climáticas.