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A vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili foi detida em Bruxelas pela polícia belga após buscas em 16 habitações, avança o jornal Le Soir.
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A polícia belga adianta que as buscas desta tarde incidiram sobre suspeitas de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro, visando sobretudo assistentes parlamentares e membros do Parlamento Europeu.
Recentemente, Kaili afirmou que o Catar - onde decorre o Mundial de futebol - é um "país pioneiro nos direitos dos trabalhadores", após uma reunião com o ministro do Trabalho daquele país.
A polícia explica que a investigação em causa decorre há já vários meses e que há suspeitas de que um país do Golfo, o Catar, possa estar a "influenciar decisões económicas e políticas no Parlamento Europeu".
Luca Visentini, secretário-geral da Confederação Sindical Internacional, também foi detido.
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A imprensa belga adianta também a detenção de um ex-eurodeputado da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), o italiano Pier-Antonio Panzeri, bem como do atual companheiro de Kaili, um atual colaborador do S&D, de 44 anos, que foi assistente parlamentar de Panzeri.

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PASOK expulsa Kaili
O partido grego PASOK, a que Eva Kaili pertence, expulsou a eurodeputada "na sequência dos últimos desenvolvimentos da investigação das autoridades belgas à corrupção de parlamentares europeus".
"Eva Kaili foi expulsa do partido por decisão do presidente Nikos Androulakis", escreve o jornal grego Ekathimerini.