"Vimos aqui a face cruel do Exército de Putin." Von der Leyen visita Bucha

"O mundo inteiro está de luto com o povo de Bucha", declarou.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e o Alto Representante para a Política Externa e de Defesa da União Europeia visitaram a cidade de Bucha, na Ucrânia, sobre um rasto de destruição, depois da retirada das tropas do Kremlin.

Em breves declarações à imprensa, durante a visita, a presidente da Comissão Europeia afirmou que "o impensável aconteceu aqui".

Von der Leyen visitou a zona onde foi descoberta uma vala comum. No chão eram visíveis os sacos negros de corpos recolhidos recentemente.

"Vimos aqui crueldade do exército de [Vladimir] Putin. Vimos a imprudência e a frieza com que têm ocupado a cidade. Aqui em Bucha, vimos a nossa humanidade ser despedaçada e o mundo inteiro está de luto com o povo de Bucha", declarou.

Na rede social Twitter, onde também publicou imagens do cenário que encontrou na cidade dos arredores de Kiev, Von der Leyen considerou que "os responsáveis pelas atrocidades sejam levados à justiça".

"A vossa luta é a nossa luta", afirmou, declarando que está na Ucrânia "para vos dizer que a Europa está do vosso lado".

Prometendo ajuda europeia à investigação, com um procurador e equipamento para a "recolha de prova", Borrell anunciou um projecto de "7,5 milhões de euros", para ajudar a recolher dados sobre pessoas desaparecidas durante a guerra.

A comitiva que seguiu para Kiev integra também um dos membros do Conselho Europeu, o primeiro-ministro da Eslováquia, Eduard Heger, o qual confirmou a entrega à Ucrânia de "um sistema de defesa aérea S-300".

"A nação ucraniana está a defender corajosamente o seu país soberano", afirmou, destacando a colaboração que a Eslováquia tem o "dever prestar, sem ficar parada a ignorar a perda de vidas humanas sob a agressão da Rússia".</p>

No encontro em Kiev, os três líderes vão discutir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky as ultimas medidas adoptadas pela União Europeia para pressionar a economia que sustenta a "máquina de guerra" de Moscovo, entre as quais o pacote de sanções aprovado hoje, que inclui o embargo às importações de carvão.

Mas, o presidente Volodymyr Zelensky já alertou porém que tais medidas "não serão suficientes" para travar a agressão lançada pelas tropas do Kremlin, tendo apelado ao boicote ao "gás e ao petróleo" russos.

O próprio Josep Borrell já reconheceu o assimetria da ajuda de "1000 milhões de euros à Ucrânia", para defender a soberania do próprio país, comparando com os "35 mil milhões" que já foram enviados pela União Europeia para Moscovo, desde o início da guerra, para pagar a factura da importação de energia.

Esta sexta-feira, Zelensky divulgou um vídeo através dos seus canais oficiais em que procura evidenciar essa assimetria.

À distância, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel convocou uma cimeira extraordinária para tratara das questões da energia, para daqui a cerca de dois meses, ficando agendada para os dias 30 e 31 de Maio, em Bruxelas.

LEIA AQUI TUDO SOBRE A GUERRA NA UCRÂNIA

Notícia atualizada às 17h45

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