"Não vi assim muita agitação." O relato de um português sobre a visita de Pelosi a Taiwan

À TSF, Nelson Santos mostra-se satisfeito com a vida na ilha, onde vive há sete anos. O chefe de cozinha num restaurante português confessa que os taiwaneses falam sobre um eventual ataque, mas o que o preocupa são as sanções que já se fazem sentir.

Apesar das polémicas em torno da visita da presidente da Câmara dos Representados dos EUA, Nancy Pelosi, e das ameaças da China no horizonte, a vida quotidiana em Taiwan permaneceu calma.

É o que conta à TSF o português Nelson Santos. Natural de Lisboa, o chefe de cozinha de um restaurante português no centro da capital explica que, nos últimos dias, não sentiu grande azáfama. "Nada. Só mesmo online. As pessoas a comentar. Pessoalmente, assim no restaurante e na rua, não vi assim muita agitação."

Nelson Santos descreve que os taiwaneses estão satisfeitos com o apoio dos EUA. "O sentimento daqui é que a maioria estão contentes de eles virem cá, de apoiarem Taiwan. Agora o que se fala muito é se a China vai atacar ou não, mas sinceramente, eles não estão muito preocupados", afirma.

Sem grandes preocupações, também Nelson Santos não acredita num conflito militar. Mas este emigrante português conta que as sanções chinesas já se fazem sentir. "O máximo que eles [os chineses] podem fazer é [aumentar] as sanções que já estão a aplicar, a cortar as vendas de produtos de Taiwan", refere.

Há sete anos a viver em Taiwan, após um convite de trabalho, Nelson Santos mostra-se satisfeito com a vida na ilha e não pensa regressar a Portugal. "Vim cá, gostei de cá vir. Fiquei cá e casei-me cá. Só se for obrigado a sair." Por enquanto, Nelson Santos prefere continuar a viver em Taiwan, a 14 mil quilómetros de Lisboa.

Naquela que foi a primeira visita de uma alta figura política norte-americana em 25 anos, Nancy Pelosi esteve em território taiwanês menos de 20 horas. Entretanto, a China já reforçou as sanções contra Taipé. Dezenas de caças chineses violaram várias vezes o espaço aéreo de Taiwan, com Pequim a ameaçar os EUA que estão "a brincar com o fogo."

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