Von der Leyen lança iniciativa para localizar crianças deportadas pela Rússia

Deportação de crianças é uma "recordação horrível dos tempos mais negros da nossa história", diz Von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen afirmou, esta quinta-feira, em Bruxelas, que está a trabalhar com as Nações Unidas, com o secretário-geral, António Guterres, que ofereceu a disponibilidade das agências da ONU para ajudar a localizar e organizar o regresso das crianças ucranianas deportadas pela Rússia.

Von der Leyen declara-se "empenhada" em criar uma iniciativa para ajudar a resgatar as crianças ucranianas deportadas para a Rússia e quer agora sensibilizar a comunidade internacional para o que classifica como um ato criminoso.

"É uma recordação horrível dos tempos mais negros da nossa história", afirmou a presidente da Comissão Europeia, considerando que a deportação de crianças "é um crime de guerra".

"Sabemos hoje que, das 16.200 crianças deportadas, apenas 300 regressaram até agora", lamentou, considerando que "estas ações criminosas justificam completamente os mandados de captura emitidos pelo TPI".

Ursula von der Leyen diz-se "empenhada" em assegurar que as crianças vão regressar às famílias de origem, e "em parceria com o Primeiro-Ministro ucraniano, [o presidnete polaco], Matausz Moravieki, lançou uma iniciativa "com o objetivo de trazer de volta estas crianças que foram raptadas pela Rússia".

A partir desta parceria será organizada uma conferência internacional, para chamar a atenção para o tema, com o objetivo de "assegurar a pressão internacional para tomar todas as medidas possíveis e determinar o paradeiro destas crianças".

"Temos a aspiração de ajudar a ONU e as organizações internacionais a obter as melhores e mais completas informações sobre as crianças deportadas para a Rússia, incluindo as crianças que já foram adotadas ou transferidas para famílias de acolhimento russas", afirmou, dizendo que já está a trabalhar com as Nações Unidas.

"Estou muito grata ao secretário-geral da ONU, António Guterres, por ter oferecido o apoio das agências das Nações Unidas, que têm, naturalmente, uma experiência significativa sobre este tópico muito difícil", afirmou.

O tema esteve em discussão, esta quinta-feira, na cimeira europeia em que os 27 se comprometeram em manter a ajuda militar à Ucrânia, incluindo com o envio de mísseis, se estes vierem a ser solicitados.

A cimeira contou com a participação do presidente ucraniana, numa intervenção por videoconferência, a partir da Ucrânia, durante uma deslocação de comboio, no regresso a Kiev, depois de ontem ter estado com militares na frente da batalha de Bakhmut.

Zelensky pediu que lhe sejam cedidos aviões de combate modernos e mísseis de longo alcance.

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