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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen apresentou, esta quarta-feira, aos eurodeputados, em Estrasburgo, os resultados da deslocação aos Estados Unidos, onde conversou com o presidente Joe Biden sobre os programas de incentivo ao investimento em tecnologia verde - nos EUA a Lei de Redução da Inflação e na UE o Pacto Ecológico. Von der Leyen afirma que as duas economias estão agora mais alinhadas e muitas da divergências estão ultrapassadas, mas entende que há muito trabalho por fazer no espaço comunitário, para que a União Europeia seja mais competitiva naquela que é tida como a indústria do futuro.
A presidente da Comissão considera o investimento em tecnologias com impacto climático deve ser acelerado e diz que a deslocação aos EUA permitiu avançar em discussões políticas, para que as empresas europeias sigam na linha da frente da tecnologia limpa. "O presidente Biden e eu confirmamos um entendimento a propósito dos caros elétricos, que permite que as construtoras automóveis europeias tenham acesso aos incentivos fiscais dos EUA", afirmou Ursula von der Leyen.
Ouça aqui a reportagem.
A presidente da Comissão destaca a importância do trabalho conjunto dos dois maiores espaços económicos mundiais, para garantir a relevância numa industria de milhões. "O investimento global na transição limpa superou um bilião de dólares no ano passado, o que é 30% a mais do que no ano anterior", destacou Von der Leyen, sublinhando que "esse mercado global de tecnologias limpas deve triplicar até 2030".
"Por outras palavras: a corrida começou [e] devemos agir juntos se quisermos manter-nos na dianteira", afirmou a chefe do executivo comunitário, admitindo, porém, que há ainda muito trabalho por fazer do lado europeu.
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"Nós, europeus, precisamos de melhorar o desenvolvimento da nossa própria indústria de tecnologia limpa, precisamos acelerar e simplificar os procedimentos e precisamos garantir um melhor acesso ao financiamento público e privado", defendeu.
Von der Leyen relatou também que iniciou com Joe Biden "as discussões sobre um acordo crítico de matérias-primas", com o objetivo de "garantir que as matérias-primas críticas para baterias de veículos elétricos, extraídas ou processadas na UE, sejam tratadas da mesma forma como se viessem dos EUA".
A presidente da Comissão Europeia acredita que "isso garantirá fortes cadeias de fornecimento de baterias na Europa e garantirá o acesso ao mercado dos EUA".
"Devemos alimentar a nossa própria base industrial de tecnologia limpa, tanto para criar novos empregos aqui na Europa quanto para garantir o acesso às soluções limpas de que precisamos com tanta urgência", vincou.