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O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, apelou esta sexta-feira a outros países para reconhecerem Israel, ao celebrar o primeiro aniversário dos acordos de normalização realizados por vários Estados árabes com o Estado hebreu.
"Encorajamos mais países a seguirem a via dos Emirados, do Bahrein e de Marrocos", disse, durante uma reunião por videoconferência com os seus homólogos destes três países.
"Queremos alargar o círculo da diplomacia pacífica. É do interesse dos países da região e do mundo que Israel seja tratado como todos os outros países", insistiu Blinken.
A 15 de setembro de 2020, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein tornaram-se os primeiros países do Golfo a normalizar relações com Israel, com o patrocínio do então Presidente norte-americano, Donald Trump. Marrocos e o Sudão fizeram depois o mesmo.
Após a sua chegada ao poder e apesar de querer mostrar uma rutura com a era Trump, o governo democrata do Presidente Joe Biden disse aprovar aqueles "acordos de Abraão", considerados como um dos principais sucessos diplomáticos do seu antecessor republicano.
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"Este governo vai continuar a desenvolver os esforços bem-sucedidos da administração anterior para fazer avançar a normalização", assegurou Antony Blinken.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yair Lapid, anunciou que se deslocará ao Bahrein até ao final do mês, depois de em agosto ter estado em Marrocos.
"Este clube dos 'acordos de Abraão' está aberto a novos membros", disse.
"Um dos nossos objetivos comuns é garantir que outros países sigam o nosso exemplo e se juntem a nós nestes acordos e nesta nova era de cooperação e amizade", adiantou.
Os palestinianos veem os acordos como uma traição ao "consenso árabe" que punha a resolução do conflito israelo-palestiniano como condição para o estabelecimento de relações diplomáticas com o Estado hebreu.