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O Presidente da Ucrânia saudou a determinação dos ucranianos perante o ataque da Rússia, ao assinalar, na quinta-feira, o 50.º dia de guerra, marcado pelo afundamento do navio russo que comandava a Frota do Mar Negro.
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No seu já habitual discurso noturno aos ucranianos, Volodymyr Zelensky fez uma única referência ao cruzador "Moskva", ao elogiar "aqueles que mostraram que os navios de guerra russos podem navegar para longe, mesmo que seja até ao fundo" do mar.
O navio-almirante da Frota do Mar Negro afundou-se na quinta-feira, numa derrota simbólica para a Rússia, quando estava a ser rebocado após ter sofrido danos graves em circunstâncias por esclarecer.

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As autoridades ucranianas disseram que as suas forças atingiram o navio com mísseis, enquanto Moscovo admitiu a ocorrência de um incêndio e a explosão de munições, mas sem referir qualquer ataque.
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O "Moskva" tinha a capacidade de transportar 16 mísseis de cruzeiro de longo alcance e o seu desaparecimento reduz o poder de fogo da Rússia no Mar Negro, sendo também um golpe para o prestígio das forças armadas russas.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra que provocou um número ainda por determinar de baixas civis e militares, mas que diversas fontes, incluindo a ONU, admitem que será consideravelmente elevado.
Zelensky disse aos ucranianos que devem orgulhar-se de terem sobrevivido 50 dias sob ataque russo, quando os invasores lhes deram "um máximo de cinco".
Nessa altura, até mesmo líderes mundiais amigos o exortaram a partir, sem saber se a Ucrânia poderia sobreviver, contou.
"Mas eles não sabiam como os ucranianos são corajosos, como valorizamos a liberdade e a possibilidade de viver da forma que desejamos", disse, citado pela agência norte-americana AP.
Zelensky reafirmou que a Rússia "será responsabilizada por tudo o que tiver feito na Ucrânia". Além da morte de civis e militares e da destruição de várias cidades, o conflito levou também mais de 4,7 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia para países vizinhos.
A comunidade internacional reagiu à invasão russa com sanções económicas e políticas contra Moscovo, e com o fornecimento de armas a Kiev.