Destaques

Regresso a uma nova normalidade
Num mês em que o país vai a banhos, as notícias internacionais são divulgadas em crescendo e, esta semana, a Educação permanece em destaque quer pelas juntas médicas prometidas para as situações de mobilidade por doença dos professores, pelas candidaturas ao ensino superior, com o número de candidatos a constituir-se o maior de sempre, quer pela ausência de medidas anticovid-19 nas escolas, a partir de setembro.
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Minoria absoluta
O povo, ou a «arraia-miúda», que Marcelo desenterrou no discurso do 10 de junho, tem sempre razão. Quando chamado a votar, escolhe de acordo com um amplo leque de critérios, que vão desde a proximidade ideológica, à «tradição» familiar, a identificação com determinado líder político, a influência de amigos ou de referências próximas. E, claro, vota também com a carteira. E vota em quem acredita que vai ganhar. E vota, muitas vezes, não para premiar um governo, mas para castigar oposições. Nas últimas eleições, claramente, o povo votou para castigar os parceiros do Governo durante quatro anos, e que o deixaram cair nos últimos dois. E, pela quarta vez desde o 25 de abril, decidiu atribuir maioria absoluta a um só partido.

Senegal–Casamança em Acordo Secreto!
O Presidente (PR) do Senegal, Macky Sall, tenta cumprir uma das promessas para este segundo mandato, uma "paz definitiva" com os separatistas do Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC), na fronteira sul com a Guiné-Bissau.

Quem não quer um novo modelo de acesso ao ensino superior?
Dado a conhecer esta semana, o relatório Empregabilidade dos Ciclos de Estudos do Ensino Superior, da autoria do Tribunal de Contas, é um documento de importância fulcral e deverá merecer uma leitura cuidada e criteriosa.

Lavrov no Cairo e Macron em Bissau!
Parece mesmo que regressámos à guerra fria, com "o primeiro e o segundo mundos" em ambiente de "paz impossível, guerra improvável", entremeadas com missões diplomáticas de ambos ao "terceiro mundo", para garantir alianças e delinear estratégias de boicote ao próximo. Por isso, o MNE russo Lavrov foi a passada semana defender a reputação da Rússia enquanto defensora de África, pelo Egipto, República Democrática do Congo, Uganda e Etiópia. O Presidente francês efectuou o mesmo, praticamente em simultâneo, mas nos Camarões, Benim e Guiné-Bissau, precisamente com o intuito destes países e África Ocidental, não caírem no "canto da sereia" russo, como aconteceu recentemente com o Mali e o Burkina Faso. Os Camarões, com fronteira com a Nigéria (Boko Haram), a República Centro Africana (país com presença de tropas russas) e o Benim, cuja fronteira norte com o Burkina tem visto os jihadistas da Al-Qaeda e do Estado Islâmico descerem para sul, em sucessivos ataques terroristas, cujo objectivo será o de conseguirem abrir caminho para chegarem ao mar, ponto de fuga e entrada, através do já problemático Golfo da Guiné. É fundamental para a França que a África Ocidental não caia na órbita russa. Quanto à "nossa Guiné-Bissau", a presença de Macron teve um "olho nos russos e outro nos portugueses", já que não são de agora as ambições francesas em pintar a tricolor todo o espaço de Saint Louis a Conakri. De tal forma, que o esquema do "beija-mão diplomático" está instituído de forma a que Bissau necessite primeiro do ámen de Dakar, que necessita do de Paris, em simultâneo com o ámen de Lisboa. Por outro lado, verdadeiramente a ganhar ficou o Presidente Embaló Sissoko, da Guiné-Bissau, que no contínuo ruido sobre a sua legitimidade constitucional, se vê legitimado desta forma presencial ao mais alto nível e televisivamente, já que na tabanka, se passou na televisão, então é porque é verdade!

Pobre Segurança Pública
Primeiro, e começando pelo fim.
Há polícias com ligações à extrema-direita, fascistas, nazis e racistas? Há. Há policias corruptos, incompetentes, desmazelados e que abusam da autoridade? Há. E estes, esses, sejam quantos forem, devem ser investigados, julgados e punidos. Ponto final. Os polícias e, já agora, todos os profissionais que estão ao serviço público e que também são fascistas, nazis, incompetentes, desmazelados e que abusam do poder que lhes foi delegado e da autoridade que lhes foi confiada. (Assim de repente, lembro-me de vários outros servidores públicos, só que estoutros com a diferença de se apresentarem com um Dr. ou Doutor antes do nome próprio).

Educação digital, Escola humanista!
A iminente entrada no mês em que o país praticamente para de férias contrapõe-se ao que ocorre nas escolas, onde as direções executivas auxiliadas por professores, por técnicos especializados, pelos serviços administrativos e assistentes operacionais continuam a dar seguimento ao imenso trabalho burocrático adstrito à formação de turmas, distribuição de serviço letivo/docente, programação diligente do próximo ano letivo, implicando a elaboração ou atualização de uma diversidade significativa de documentos orientadores.

Nuvens negras na economia
Inflação veio para ficar e a tendência continua a ser de crescimento. Subiu para 9,1% em julho e atingiu o máximo desde novembro de 1992. Já no mês de junho tinha tocado os 8,7%em Portugal, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). São más notícias para as famílias e também para o primeiro-ministro que vê assim, de novo, contrariada a sua afirmação de que se trataria de um fenómeno meramente conjuntural.

O astrolábio e a coleira do escravo - "este preto é de Agostinho de Lafetá"
Ouvi e vi Fernando Alves ao vivo e pela primeira vez há cerca de 10 anos. Ele apresentava o livro "Tanto Mar", de Pedro Adão e Silva e João Catarino. O livro era sobre uma viagem a bordo de uma carrinha pão de forma pelas praias de surf de Portugal continental. Ouvir e ver Fernando Alves, era como estar na magia da rádio, com ouvidos e vista privilegiada para o repórter-contador de histórias.

Quem fala em nome de Deus não pode ser cúmplice pelo silêncio
É muito difícil entender o silêncio de dois cardeais patriarcas perante um caso de abuso sexual de menores. Não me importa o que a lei dizia e o que diz agora, as regras que a Igreja não tinha e que impõe agora. Quem se arroga no direito de falar em nome de Deus, de conduzir multidões segundo a sua palavra, tem a obrigação de nunca calar tamanha imoralidade.

O que é informar
Há dias circulava um vídeo de um comentador (ou analista) televisivo militar que dizia que tinha uma fonte que colocava em causa a autenticidade do ataque russo ao porto de Odessa no dia seguinte ao acordo entre a Ucrânia e a Rússia sobre o comércio dos cereais que se encontram nesse porto. Na sequência dessa revelação o jornalista pergunta-lhe, não sobre a credibilidade dessa informação, mas sim sobre a gravidade que essa informação comportava: que significado podia ter se se tivesse tratado afinal de uma ação (ou invenção) ucraniana.

A conta do supermercado
António Costa vai de férias com receitas extraordinárias maiores do que as de 2019. E muito à custa do IVA. O crescimento da receita fiscal em 28,1% vem dos bolsos dos portugueses e do que estão a pagar a mais, sobretudo pela conta do supermercado. E é por isso que o país fica a olhar para o fim das férias sabendo que o contexto é tudo menos favorável.

Os que esquecem a sua história estão condenados a repeti-la
Há formas muito diferentes de viajar e motivações muito diversas quanto ao que se procura. Pode ser descanso, diversão, cultura ou conhecimento. É fácil convergirmos em destinos exóticos, paisagens deslumbrantes ou cidades carregadas de história. Mas também acontece viajarmos ao encontro do que de mais negro a humanidade produziu, porque esse confronto com o passado é essencial para não nos esquecermos dos erros que somos capazes de cometer.

Guerra na Ucrânia: 152 dias
Cinco meses depois...? Qual foi, qual tem sido o impacto desta Guerra e, mais importante, qual será o seu impacto a nível internacional e regional?

A história não se repete. Isto não é a II Guerra
Da mesma forma que os anos entre as duas guerras mundiais, com elas incluídas, mudaram a humanidade, também a crise financeira de 2009, os dois anos de "paralisia e medo causados pela pandemia" e "uma guerra no celeiro do mundo" mudarão este século.

Todos a bordo e siga a marinha
Não há duas sem três. E, na semana passada, o Governo levou à letra a sabedoria popular que, às vezes acerta, às vezes não. Costa mandou chamar os ministros para conselho, não uma, não duas, mas três vezes em apenas oito dias. Primeiro, terça-feira, um conselho extraordinário para fazer aprovar - e anunciar - novas medidas mesmo antes do debate do estado da nação. A 24 horas do combate que fecha o ano parlamentar, os ministros foram intimados a comparecer para acertar detalhes antes do "grande" confronto com a(s) oposição(ões).

Tunísia em dia de referendo e Mali em madrugada de quase terror
A Tunísia vai hoje a votos, para aprovar uma nova Constituição. De forma mais ou menos telegráfica, o Presidente (PR) Kais Saied, no Poder desde Outubro de 2019, fartou-se do "Parlamento espectáculo" que a "geringonça islamista" fez da Assembleia dos Representes do Povo, num governo de coligação onde os coligados em vez de governarem se agrediam diariamente. Há precisamente um ano, a 25 de Julho de 2021, Saied suspende o Parlamento, demite o Primeiro-Ministro Hichem Mechichi e inicia um novo processo, às escuras, no qual a população na altura pouco percebeu que destinos teria, adensando as suspeitas e os medos de que a "pequena República dos Professores", conforme ficou conhecida a recém independente Tunísia do primeiro PR Habib Bourguiba (1957-1987), voltasse de novos a ficar nas mãos de um déspota que se vê iluminado ao espelho. Com o Executivo e o Legislativo concentrado em si, desde Julho de 2021, o PR juntou-lhe o Judiciário a partir de Fevereiro último, farto também de ver a corrupção e as influências inquinarem os processos dos assassinatos políticos decorrentes do período de transição pós-Primavera Árabe. Esta justiça tinha de ser feita enquanto símbolo da passagem da barreira psicológica entre o antes e o depois.

O estado da Educação
O estado da Nação esteve em debate parlamentar na passada 4.ª feira, predominantemente direcionado para questões económicas e, como já era expectável, também para o assunto que marca a atualidade: a saúde.

Carta à Joana, para que o mundo não acabe
A Joana é uma jovem com 14 anos e por isso é inundada com questões que lhe perguntam o que quer seguir. Há dias, num encontro com outros jovens fez um desabafo que veio lá do fundo do seu interior e dos seus pensamentos que gritam Ipiranga à hipocrisia. A Joana está sem esperança e este alerta dela, convém chegar a muita gente. Passo a ler a sua carta e cito:

O melhor é levar o gás em botijas a Berlim
Confesso que me surpreendeu a rapidez com que os governos português e espanhol reagiram à proposta de redução em 15% no consumo de gás. Uma proposta apresentada pela Comissão Europeia, com o objectivo solidário de ajudar os países do centro da Europa a ultrapassarem a excessiva dependência do gás russo.
